O Tribunal de Justiça de Pernambuco marcou para o próximo dia 5 de maio, às 8h, uma audiência virtual para ouvir o Ministério Público Estadual, testemunhas, defesa e os dois acusados da morte do policial militar alagoano Johnson Bulhões da Rosa Silva, que tinha 27 anos e morreu após ser baleado durante um assalto em novembro de 2020, em Porto de Galinhas, Litoral Sul de Pernambuco. A decisão da juíza Idiara Buenos Aires Cavalcanti foi publicada nessa segunda-feira, 31, e confirmada com a assessoria do TJ-PE.
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Os réus Israel Venerando Correia da Silva ("Rael") e Adeilton Antônio Cordeiro da Silva ("Chilonga") são acusados da morte do PM. Israel foi identificado como o autor do disparo e teve a prisão preventiva mantida pela magistrada. Adeilton é tido como o condutor da motocicleta. "Os acusados, em comunhão de esforços e desígnios, subtraíram, mediante violência e grave ameaça, a Pistola .40, marca Taurus PT 100AF, n° de série SVI63461, pertencente ao PM/AL Johnson Bulhões da Rosa Silva, sendo que da violência empregada, resultou a morte da vítima. Pelo Juízo de Direito Plantonista, a prisão em flagrante delito foi convertida em preventiva em relação ao então autuado Israel Venerando Correia da Silva", diz trecho da decisão.
A audiência será realizada em modo virtual por precaução aos casos de Covid-19. Os acusados foram denunciados pelo MP de Pernambuco por latrocínio com as agravantes de terem cometido o crime para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime e à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido. A pena pode chegar a 30 anos de reclusão, mais multa.
O caso - De acordo com informações passadas pelo tenente-coronel Liziário, então comandante do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), onde o militar era lotado, o soldado passeava com a família pelo calçadão da praia de Porto de Galinhas quando foi abordado por dois assaltantes numa motocicleta. Um suspeito armado teria perguntado se Bulhões estava em posse de arma de fogo, possivelmente já acompanhava a vítima. Nesse momento, o PM reagiu e foi baleado na cabeça. Ele teve a arma roubada pelos criminosos.
O soldado foi levado às pressas para um hospital da região em estado grave, e logo depois foi transferido para o Hospital da Restauração, em Recife, onde foi submetido a um procedimento cirúrgico. Ele não resistiu e morreu na unidade de saúde.
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