Justiça aceita inclusão da Maxmilhas no processo de recuperação da 123milhas

A Justiça de Minas Gerais aceitou o pedido da Maxmilhas para incluir a empresa no processo de recuperação judicial da 123milhas nesta segunda-feira (2). Dessa forma, ficam suspensas todas as ações e execuções contra a Maxmilhas por 180 dias.

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A Maxmilhas protocolou pedido para entrar na recuperação judicial da 123milhas por meio de um aditamento ao pedido inicial no dia 21 de setembro. Ela encaminhou a solicitação ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais informando que acumula uma dívida de R$ 226 milhões. Em um mês, segundo a empresa, o faturamento com venda de passagens caiu 70% e com hospedagens, 90%.

A 123milhas e a Maxmilhas realizaram uma fusão em janeiro deste ano, mas operavam de forma independente. Mesmo assim, a Maxmilhas admitiu, no pedido, que a operação de uma depende da outra - tanto que a crise de uma interferiu no faturamento da outra.

A Justiça aceitou, ainda, a inclusão no processo de recuperação da plataforma de hotelaria Lance Hotéis (cujos donos são Ramiro e Augusto Julio Madureira, os mesmos proprietários da 123milhas).

Citadas em ações

De acordo com o TJMG, Maxmilhas e Lance Hotéis  argumentaram que já foram citadas em 385 ações de cobrança ou de obrigação de fazer, além de já terem monitorado outros 959 processos distribuídos nos quais elas ainda não foram citadas. Oito pedidos de bloqueio de bens das empresas já haviam sido aceitos judicalmente, sendo que R$ 34 mil já estariam bloqueados. 

A inclusão da Maxmilhas no processo foi aceito pela juíza Cláudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte. Mas a magistrada determinou uma verificação das reais condições de funcionamento da empresa - assim como fez o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, que no mês passado suspendeu provisoriamente a recuperação judicial da 123milhas. De acordo com o Fórum Lafayette, a suspensão permanece até que seja concluída a perícia na empresa.

A Maxmilhas foi fundada em 2012, em Belo Horizonte, por Max OIiveira. Ela afirma ter viabilizado 12 milhões de viagens ao longo de sua história. Depois da demissão em massa realizada em agosto, a empresa tem, atualmente, 328 funcionários diretos.