O advogado e jurista alagoano Adriano Soares da Costa postou em suas redes sociais dois textos contundentes sobre a atual situação jurídica do Brasil.
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O primeiro aborda as relações pouco republicanas entre os poderes Judiciário e Executivo, com a omissão do Legislativo:
“Quando o Estado Constitucional de Direito tem as suas estruturas desmanteladas sistematicamente pelo aparato judiciário que deveria lhe garantir, com a omissão do aparato legislativo que deveria estimular a observância dos limites democráticos, os marcos da legalidade vão sendo apagados e os da legitimidade refluem até desaparecer.
Agora, todo esse quadro de septicemia institucional se agrava quando o poder executivo sente-se beneficiado e o seu grupo politico forma uma torcida organizada em busca de mais repressão e silenciamento dos adversários.”
No outro texto, Adriano Soares dá seu recado com bastante ironia:
“Quão perigoso é um homúnculo com seus complexos e sede de poder, um homenzinho que se aboleta na autoridade das suas funções e se sente dono das ideias e do pensar alheio. Quão nocivo e patético. Um espírito despótico que necessita do apoio e aplauso fáceis de vagabundos que desprezam a liberdade porque se alimentam da servidão e da imposição da sua própria mediocridade.
O mais riste de toda a censura é a perda do respeito por pessoas com as quais convivemos, que a apoiam de modo covarde, porque não conseguem ver a beleza do embate de ideias no espaço público. Mostram de que material são feitos… Tenho nojo dessa gente.
O Foro de São Paulo despreza a democracia e sonha com o controle da opinião pública na América Latina. Por isso vibra com medidas autoritárias que cerceiam a liberdade de expressão. O lulopetismo nunca foi democrático.”
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