A próxima quinta-feira, 22/08, a partir das 14h, será um dia de conscientização e multiplicação do conhecimento, na sede do Instituto Maria Edite da Silva – Casa das Marias, na Av. Santa Cruz, em Taquarana. O evento faz parte da programação do Agosto Lilás da entidade, que começou em julho com a ação Marias + Saúde.
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O objetivo é instruir a população feminina como identificar e reagir a casos de violência, ainda que possam ser pouco perceptíveis, como em situações de violência patrimonial, moral, psicológica, sexual e até mesmo física. Outro tema que será debatido é sobre a importância da primeira infância na criação dos filhos, uma fase crucial para o desenvolvimento humano. Essa fase é responsável por construir a base para a saúde, o aprendizado e o bem-estar ao longo da vida, garantem os especialistas.
Aberto a toda população, especialmente às mulheres, o encontro conta com as palestras da juíza da Comarca de Taquarana, Alana Mendonça Oliveira Sobral, e da especialista em Primeira Infância pela Universidade de Havard, EUA, Cícera Pinheiro. O evento também celebra o aniversário de 18 anos da Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, para coibir e prevenir as diferentes formas de violência contra a mulher.
As temáticas violência contra as mulheres e criação de filhos foram demandas recebidas pelo IMES – Casa das Marias. Muitas mulheres solicitaram o desejo de obter mais informações sobre esses assuntos. “Eu estive em Rodas de Conversa com as mulheres de algumas comunidades da região, incluindo os quilombolas - Taquarana tem cinco comunidades quilombolas certificadas –, para conhecer a realidade das mulheres. Percebi muita desinformação, além das carências. E quando perguntei qual assunto gostariam de saber mais, a resposta foi quase que unânime: violência contra as mulheres e criação de filhos”, afirma Cléa Paixão, presidente da Casa das Marias.
A entidade atende o público feminino, mas a proposta de abrir as palestras para todos, mulheres e homens, gratuitamente, é uma forma de contribuir para que os lares de Taquarana sejam harmoniosos. Segundo os organizadores, os homens, em sua maioria, foram criados com uma bagagem de machismo cultural e, muitas vezes, nem percebem que suas atitudes, aparentemente normais, possam ser consideradas violência contra a mulher. “E o chamamento à reflexão é uma forma de combater o machismo e a violência. A informação é libertadora para todos.” Cléa Paixão.