Jovem morre atingido por 10 tiros e corpo é atacado pela população com paulada, pedrada e cusparada

Publicado em 24/05/2023, às 07h03
Arquivo
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Por TNH1

O jovem de 27 anos conhecido como "Fluminense" foi atingido por 10 tiros em uma comunidade conhecida como "Vermelha", no Conjunto Aprígio Vilela, no bairro de Benedito Bentes, e depois teve o corpo atacado com pauladas e pedradas por parte da população na noite dessa terça-feira, 23. O homem, que ainda recebeu cusparada dos agressores, já foi encontrado morto por policiais militares.

De acordo com o 5º Batalhão da PM, duas pessoas são suspeitas dos disparos de arma de fogo contra a vítima e ainda não foram localizadas. O jovem estava numa moto quando teria sido surpreendida pela dupla, e na sequência, após ter caído no chão sem reação, teria sido espancado por aproximadamente 15 pessoas, que usaram pedaços de madeira e pedras. A população ainda teria cuspido no corpo de "Fluminense" depois dos crimes.

A Polícia Militar destacou que algumas cápsulas deflagradas foram encontradas ao redor do corpo. A mãe do rapaz esteve no local do homicídio logo depois e informou que ele havia acabado de deixar a residência onde a família mora após supostamente ter recebido uma ligação telefônica. Para a mulher, a vítima teria contado que ia para a casa da namorada. A moto de 250 cilindradas que pertencia ao homem foi entregue aos familiares.

Após perícia, o Instituto de Criminalística confirmou que o corpo apresentava 10 marcas de perfurações causadas por arma de fogo. Ao todo, foram sete tiros na cabeça, dois no ombro e um na mão. Além disso, o jovem apresentava diversas lesões causadas pelas outras agressões. O IML recolheu o cadáver.

A Delegacia de Homícidios e Proteção à Pessoa (DHPP) vai investigar o assassinato e há a suspeita de que a execução e as agressões foram cometidas por integrantes de um grupo criminoso que atua no bairro, conhecido como "Turma do Ramiro", líder do tráfico na comunidade.

Vítima tinha passagem pela polícia por porte ilegal de arma - Ao TNH1, o delegado Arthur César, que estava de plantão na Delegacia de Homicídios, confirmou que a vítima já havia sido presa por porte ilegal de arma de fogo e usava tornozeleira eletrônica, porém ela havia se rompido recentemente.

"O jovem que é conhecido como Fluminense na localidade já tinha essa passagem pela polícia, mas ainda não sabemos a motivação do crime. Tudo vai ser apurado. O que colhemos no local foi que os assassinos seriam integrantes do grupo criminoso que lidera o tráfico de drogas, pratica homicídios e outros crimes no conjunto", disse Arthur César.

Ainda de acordo com o delegado, os familiares da vítima devem ser intimadas para depor. "A família, a namorada, as pessoas próximas devem ser ouvidas no andamento da investigação. Não sabemos se ultimamente a vítima teve alguma ligação com esses criminosos, ainda não sabemos se esse telefone que ele recebeu foi de alguém ligado ao crime. Como falei, tudo será investigado".

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