Um adolescente britânico foi preso em Dubai (Emirados Árabes Unidos) por ter feito sexo com uma adolescente de 17 anos, a poucas semanas de chegar à maioridade.
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Marcus Fakana, originário de Londres (Inglaterra), começou a cumprir pena de um ano de detenção em 30 de dezembro. Ele tinha 18 anos, mas já completou 19 atrás das grades.
Depois de passar o Ano Novo em isolamento, Marcus foi impedido de ter contato com a sua família no início do ano. Ele está sendo mantido numa prisão que muitos órgãos de defesa dos direitos humanos classificam como "torturante" e "infernal". Prisioneiros já alegaram ter sido torturados para obter confissões, e o estupro é seria uma "ocorrência cotidiana", praticada tanto por presos quanto por guardas.
Nos últimos dias, a direção da penitenciária permitiu uma ligação telefônica de Marcus para familiares, contou a entidade Detained in Dubai.
A prisão de Al-Awir onde Marcus está preso é famosa por suas condições apertadas, onde os presos adoecem enquanto são amontoados em 20 em celas projetadas para abrigar apenas três de quatro pessoas.
O britânico havia viajado a Dubai para com a sua família para comemorar o aniversário do pai. Lá, ele iniciou um romance de férias com uma jovem de 17 anos, também do Reino Unido.
"Nós realmente gostávamos um do outro, mas ela era reservada com sua família porque eles é rígida. Meus pais sabiam sobre nosso relacionamento, mas ela não podia contar para os dela. Ela teve que me encontrar sem dizer a eles que era para ver um garoto", esclareceu o jovem.
Porém a mãe da britânica descobriu mensagens trocadas por celular e denunciou Marcus à pólícia de Dubai. A relação sexual foi considerada ilegal pela Justiça. O crime pode dar até 20 anos de cadeia no emirado.
A adolescente com quem Marcus se relacionou também seria presa se estivesse ainda em Dubai. Ela está proibida de regressar ao emirado.
Marcus e a sua família esperam o apoio do governo britânico para obter o perdão do xeique Mohammed Al Maktoum, o governante de Dubai.
"Sempre se vê que o promotor é quem realmente decide a sentença, mas esta foi uma sentença baixa para eles", disse ao "Daily Mail" o advogado David Haigh, que está orientando a família. Ele acrescentou que dificilmente haverá margem de negociação.
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