A mulher e o sócio do influenciador alagoano Kel Ferreti também foram alvos da operação comandada por agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (GAESF), do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), nesta quarta-feira (04). Assim como o influencer, a esposa, Mylla Ferreti, também é criadora de conteúdo digital e investigada por lavagem de dinheiro por meio de jogos de azar on-line.
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Segundo o que foi apurado pelo TNH1, a mulher de Kel Ferreti vai cumprir medidas cautelares. Ela não poderá sair do estado nem se comunicar com outros investigados. Além disso, Mylla Ferreti terá que se apresentar periodicamente à Justiça e está proibida de usar as redes sociais.
Por meio de nota, a defesa de Mylla Ferreti confirmou as informações e deu mais detalhes. Leia na íntegra:
Além dela, uma terceira pessoa, que seria sócia de Kel Ferreti, foi presa na operação "Trapaça", em outro endereço. Após audiência de custódia, ela foi liberada.
Kel Ferreti foi levado para a sede do Gaesf. Ele também passou por audiência de custódia, teve sua prisão mantida e foi encaminhado ao sistema prisional.
De acordo com o advogado do influenciador Kel Ferreti, Rodrigo Monteiro, já foi realizada a audiência de custódia no final da manhã desta quarta-feira (04) e a defesa entende a prisão como desnecessária, enquanto o Ministério Público apresentou um parecer pela manutenção da prisão. A decisão judicial ainda está sendo aguardada. "A defesa pediu acesso aos autos e considera a prisão preventiva como desnecessária, ela é a última medida. Os crimes imputados não englobam violência, nem grave ameaça para se justificar a prisão. Eles têm residência fixa e são pessoas conhecidas em todo o Brasil. A acusação é com relação à rede social e ela já foi bloqueada", disse o advogado de defesa, Rodrigo Monteiro.
Além de Kel Ferreti, o advogado está representando os sócios, influenciadores "O Pai do Orgânico", que também foi preso, e "Di Manobras", que recebeu medidas cautelares e teve bloqueio das redes sociais.
Investigação
Segundo o MPAL, o “Fortune Tiger”, mais conhecido como jogo do tigrinho, foi o foco da investigação. O jogo é uma espécie de cassino virtual que promete, de forma fraudulenta e/ou ilusória, supostamente, ganhos fáceis e elevados, a partir de sua promoção, numa verdadeira campanha de divulgação, envolvendo influenciadores digitais. Recentemente, operações do Ministério Público e policiais em todo o Brasil já apreenderam milhões de reais em bens de influenciadores envolvidos em esquemas similares.
Ainda de acordo com o órgão estadual, o influenciador Kel Ferreti é o suposto líder da organização criminosa desse esquema milionário em que esbanja uma vida de luxo, fazendo questão de ostentá-la nas redes sociais, onde milhões de seguidores são induzidos a comprar produtos e serviços, como jogos de apostas, com promessas de prosperidade quase que imediata.
Foram cumpridos oito mandados de prisão e de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, contra pessoas físicas e jurídicas, tanto em Maceió quanto na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo. Dos mandados de prisão, dois foram em Alagoas e, os outros dois, em São Paulo.
Na casa de um dos alvos, o Gaesf apreendeu cerca de R$ 20 mil, telefones celulares, documentos e um veículo de luxo.
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