Durante a campanha eleitoral de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), então concorrendo à reeleição, repetiu no confronto com Lula (PT) o mesmo que havia ocorrido na disputa com Fernando Haddad, em 2018: suas manifestações públicas eram apoteóticas, sempre atraindo multidões por onde passava.
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Seus concorrentes, ao contrário, nunca chegaram perto em seus eventos públicos.
A disparidade era tamanha, registrada por fotos e vídeos principalmente através das redes sociais, que os bolsonaristas sempre consideraram a vitória como certa – muito mais ainda a de dois anos atrás, contra Lula.
Tanto é que seus seguidores jamais aceitaram o resultado oficial que deu ao adversário o terceiro mandato presidencial – fizeram até vigília permanente em frente a quarteis, esperando o apoio dos militares para uma conferência dos dados finais do Tribunal Superior Eleitoral.
Lula empossado, Bolsonaro nos Estados Unidos.
De volta ao Brasil, o ex presidente retomou o seu estilo de declarações extravagantes, viagens periódicas pelo país, utilização de aviões de carreira, visitas inusitadas a ambientes simples e novamente manifestações populares – sempre com quantidade surpreendente de pessoas.
Encontrou, nesse retorno, uma postura nada receptiva do Judiciário, que instaurou várias ações e até lhe suspendeu os direitos políticos – com reais possibilidades de prisão..
Jair Bolsonaro desembarca em Maceió nesta 6ª feira (5) no final da manhã para receber, às 17 horas, o título de Cidadão Honorário de Alagoas, por proposta do Deputado Cabo Bebeto (PL), e o de Cidadão Honorário de Maceió, iniciativa do vereador Leonardo Dias (PL) – desde 2021.
Amanhã (6) pela manhã, no salão de eventos Spazio Gatti, no bairro da Serraria, o ex-presidente acompanha a ex primeira dama Michele Bolsonaro, que receberá o título de Cidadã Honorária de Maceió, outra proposta do vereador Leonardo Dias.
Daqui o casal Bolsonaro viaja a outras cidades do Nordeste, cumprindo o roteiro de manifestações e fazendo perene o confronto com Lula, o PT e a esquerda como um todo.
Até quando? Só quem tem essa resposta é o Poder Judiciário…
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