Italiano que matou advogado em frente ao Fórum de Maceió é condenado a 36 anos de reclusão

Publicado em 31/05/2022, às 16h22
Ascom MPE-AL
Ascom MPE-AL

Por Redação TNH1

O italiano Pasquale Palmieri foi julgado e condenado a 36 anos, 7 meses e 10 dias de prisão pelo assassinato do advogado José Benedito Alves de Carvalho, morto em frente ao Fórum de Maceió, em 9 de março de 2021. A decisão do júri popular foi proferida na tarde desta terça-feira, 31, pelo juiz Ewerton Carminati, da 7ª Vara Criminal de Maceió, no próprio Fórum do Barro Duro.  

Pasquale respondia pelas acusações de homicídio contra José Benedito Alves de Carvalho; tentativa de homicídio contra Maricélia Schlemper (esposa de Benedito) e tentativa de feminicídio contra Dhanalutchmee Palmieri, ex-mulher do acusado, conhecida como Sandra. Havia ainda a acusação de porte ilegal de arma de fogo. De todas as qualificadores, apenas as de feminicídio foram rejeitadas, segundo a assessoria do Ministério Público do Estado (MPE). 

O julgamento começou na manhã de hoje e rapidamente foi concluído no período da tarde, após serem ouvidos a ex-esposa, a advogada Maricélia, que também foi alvo na ocasião, e o guarda judiciário que prendeu o italiano na frente do Fórum. Em seguida, os debates foram iniciados com a acusação feita pelo  Ministério Público e a defesa do réu. 

Relembre o caso - O fato ocorreu na tarde do dia 9 de março de 2021, em frente ao Fórum da Capital. Na ocasião, Maricélia estava no Fórum representando Sandra em processo de divórcio entre sua cliente e Pasquale.

À Justiça, Maricélia e Sandra afirmaram que eram os alvos iniciais do acusado. José Benedito teria sido atingido fatalmente ao se posicionar na frente de sua esposa Maricélia, para defendê-la.

A defesa requereu o afastamento das acusações de tentativas de homicídio e feminicídio contra as duas mulheres, no entanto, o juiz Filipe Munguba, que proferiu a sentença de pronúncia, entendeu que tais fatos devem ser julgados pelos Júri.

“Apesar da negativa [...], as provas colhidas em Juízo são suficientes para levar o réu ao crivo do Conselho de Sentença em relação a todas as imputações constantes na denúncia, posto Maricélia e Sandra afirmaram em Juízo que foram as primeiras na mira da arma do réu, que chegaram a ouvir estampidos, mas a arma falhou, e que ainda correram perseguidas pelo réu, que dizia que ia matá-las”, diz a sentença.

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