As Forças Armadas de Israel interceptaram centenas de foguetes lançados pelo Hezbollah e bombardearam o sul do Líbano com mais de 100 aviões de guerra neste domingo (25) em uma ação que chamaram de preventiva a fim de evitar um ataque maior do grupo armado libanês.
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Pelo menos três pessoas morreram no Líbano, e não há relatos de mortes em Israel. O Hezbollah disse que não vai realizar mais ataques por ora, e o Ministério da Defesa israelense reiterou que não busca uma guerra total contra a milícia apoiada pelo Irã.
O exército israelense emitiu um alerta para que os moradores da região sul do Líbano se retirassem imediatamente de suas casas. No comunicado, a força armada disse que estava "monitorando os preparativos do Hezbollah para realizar grandes ataques em território israelense".
Horas depois, Daniel Hagari, porta-voz das Forças Armadas, disse que Tel Aviv se preparava para que na sequência o grupo terrorista realizasse um ataque em larga escala.
De acordo com o exército, cerca de 210 foguetes e 20 drones foram lançados do Líbano em direção ao norte de Israel --o Hezbollah fala em 320 foguetes lançados contra 11 alvos militares em retaliação pela morte do comandante Fuad Shukr no mês passado.
Em resposta, Israel bombardeou 40 alvos no Líbano e diz ter destruído milhares de lançadores de foguetes --alguns destes, segundo Tel Aviv, estavam prontos para disparar contra bases das Forças Armadas israelenses no norte e no centro do país.
O Hezbollah negou que seu ataque tivesse sido comprometido por bombardeios preventivos israelenses, afirmando que conseguiu lançar foguetes e drones como panejado e que o resto da resposta à morte de Shukr ainda "levaria tempo".
Fuad Shukr, também conhecido como Mushin Shukr, foi morto em um bombardeio israelense contra Beirute no último dia 30. O ataque de Israel também matou duas crianças e feriu 72 pessoas, de acordo com o governo libanês. Shukr era considerado o braço direito do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
O assassinato, e a troca de fogo deste domingo, aumentam as chances de que a escalada saia do controle, ainda que todas as partes tentem evitar uma guerra generalizada entre Israel e o Irã que envolva o principal aliado de Tel Aviv, os Estados Unidos.
Este mês, Washington anunciou o posicionamento de um submarino nuclear na região para apoiar Israel e ameaçar Teerã e seus aliados. A Casa Branca disse no domingo que o presidente Joe Biden estava acompanhando os desdobramentos na região.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que fará "tudo o que for necessário" para garantir a segurança dos israelenses. "Estamos determinados a fazer tudo o que é possível para defender nosso país e continuar a obedecer uma regra simples: quem nos atacar, será atacado", afirmou o premiê.
A violência no domingo foi uma das maiores trocas de fogo desde o início das hostilidades entre Israel e o Hezbollah em paralelo com a guerra entre Tel Aviv e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.
O gabinete de Israel se reuniu às 7h do horário local, anunciou o escritório de Netanyahu, mas não houve detalhes imediatos sobre qualquer resposta adicional de Israel. A maioria dos ataques israelenses atingiu alvos no sul do Líbano, mas o exército estava pronto para atacar em qualquer lugar onde houvesse uma ameaça, disse um porta-voz militar israelense.
O ministro da Defesa, Yoav Gallant, declarou estado de emergência, e os voos no aeroporto Ben Gurion em Tel Aviv foram suspensos por cerca de 90 minutos.
Os ataques ocorreram enquanto negociadores se reuniam no Cairo em nova tentativa de concluir um acordo de cessar-fogo em Gaza e o retorno de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.
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