Olimpíadas

Isaquias Queiroz e Jacky Godmann alcançam a oitava colocação na final do C2 500m

Comitê Olímpico do Brasil | 08/08/24 - 12h18
Final C2M500m - Isaquias Queiroz & Jacky Godmann. | Foto: Miriam Jeske/COB

Dono de quatro medalhas olímpicas, o canoísta Isaquias Queiroz saiu frustrado do Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne nesta quinta-feira (8). Após passarem bem pela semifinal realizada de manhã, Isaquias e o parceiro Jacky Godmann chegaram em oitavo lugar na final da prova de C2 500m, com o tempo de 1min42s48. Sorte do Brasil que o baiano, dono de quatro medalhas olímpicas, ainda participará de sua prova favorita. Isaquias volta à raia nesta sexta-feira (9) para disputar os C1 1000m, a mesma que lhe rendeu o ouro em Tóquio 2020.

A medalha de ouro no C2 500m ficou com os chineses Bowen Ji e Hao Li (1min39s48); a prata com os italianos Carlo Tacchini e Gabriele Casadei (1min41s08); e o bronze com Diego Domingues e Juan Antoni Moreno (1min41s18). “Não gostei do resultado, claro. Em cima do que nós e nosso treinador Lauro trabalhamos, em cima do que o COB investiu em nós, por mais que seja uma final olímpica, chegar em oitavo não é um resultado excelente. Trabalhamos muito no Brasil e na aclimatação em Portugal. O barco estava andando rápido, mas é uma final olímpica. Não estou feliz com o resultado, mas sim em estar entre os melhores do mundo”, disse o baiano.

Isaquias chegou para sua terceira participação olímpica com quatro medalhas no currículo: ouro no C1 1000m em Tóquio 2020, prata no C1 1000m e C2 1000m, e bronze no C1 200m na Rio 2016. O brasileiro vai tentar mais uma nesta sexta, o que o colocaria ao lado dos gigantes Robert Scheidt e Torben Grael, da vela, com cinco medalhas olímpicas. A ginasta Rebeca Andrade saiu de Paris com um total de seis medalhas conquistadas nas duas últimas edições olímpicas, um recorde do Brasil.

“Agora vou ver minha família e descansar bastante. Quero poder passar o mais descansado possível na semifinal, com uma boa estratégia de prova, pra chegar na final bem”, explicou o canoísta. O parceiro Jacky Godmann, de 25 anos, mostrou bastante evolução em relação à estreia olímpica em Tóquio. Mas não foi suficiente para chegar à medalha. “Eu estava mais tranquilo e experiente, mas foi uma prova rápida onde não se pode errar. Estou bem triste”, disse Jacky.

Já a canoagem velocidade feminina do Brasil alcançou um bom resultado nesta quinta. Valdenice Conceição, de 35 anos, na primeira participação do Brasil na prova de C1 200m para mulheres, mostrou força e se classificou diretamente para a semifinal, que será realizada no sábado (10), com o tempo de 48.57. Em bateria com sete atletas, apenas as duas mais rápidas se classificaram para as semis. O restante terá que passar pelo desgaste de competir também nas quartas de final, amanhã. “Estou muito feliz por ter passado pela semifinal direto, que era meu objetivo. Eu   dei o meu máximo pra passar direto e poder descansar sem ter a pressão de passar pelas quartas. Agora é continuar focada no treinamento pra gente chegar à final”, disse a atleta.

Natural de Itacaré, na Bahia, a canoísta descobriu o amor pela modalidade desde muito cedo, ainda quando ajudava os pais, que são pescadores, a conduzir a canoa da família em dia de pesca. “O povo diz que eu sou pioneira. Eu já vinha lutando para participar de uma edição de Jogos Olímpicos. A prova não era olímpica e eu não desisti de representar o Brasil. Agora sou a primeira mulher semifinalista na C1 200m na canoagem velocidade. Como mãe, mulher e guerreira que eu sou, estou muito feliz, honrada e grata por essa oportunidade.”