De acordo com informações do Ministério Público Estadual (MPE), durante depoimento no Tribunal do Júri, no Fórum do Barro Duro, na tarde desta quinta (22), o ex-tenente-coronel Manoel Cavalcante e o irmão dele, Marcos Cavalcante, entraram em contradição em relação aos depoimentos anteriores sobre o assassinato de José Gonçalves da Silva Filho, o cabo Gonçalves, em maio de 1996.
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Nos primeiros depoimentos, eles confessaram detalhes sobre o plano de matar. Na tarde desta quinta, porém, Cavalcante disse que 'o depoimento anterior foi todo montado na Polícia Federal’. Ele teria sido convidado a assumir com a garantia de que seria beneficiado com a liberdade. “Na verdade, o que o sistema queria era comprometer os deputados”, disse em seu depoimento.
O irmão dele, Marcos Cavalcante, que havia confirmado a mesma versão anterior do irmão, disse que assumiu participação no crime para ajudar o ex-tenente-coronel. "Vi meu irmão tão acabado que me fizeram a proposta para assumir o crime e eu aceitei para salvá-lo. Porque disseram que se eu assumisse que tinha matado, meu irmão saíria do presídio".
O juiz leu diversas vezes os depoimentos anteriores e questionou os réus: " Quero que o senhor afirme, de acordo com o que fala hoje, afirma que mentiu para a Justiça nas outras vezes?'.
O promotor de Justiça também afirmou não entender o novo posicionamento. "Se o senhor e seu irmão tiveram chance de colocar a outra versão em 2011, por que somente hoje decidiram mudar os depoimentos?"
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