Depois de algum tempo de calmaria, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) volta a ter seu nome associado a denúncias, com a revelação, em reportagem do portal UOL, de que ele foi indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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Além do parlamentar alagoano, um dos expoentes do MDB em nível nacional, dois outros nomes de expressão do seu partido estão envolvidos nesse mesmo caso apurado pela PF: o senador Eduardo Braga (AM), líder da legenda no Senado, e o ex-senador Romero Jucá.
Segundo informa o UOL, os três emedebistas são acusados de “em troca de pagamentos de propina, atuarem para favorecer no Congresso Nacional o antigo grupo Hypermarcas, atual Hypera Pharma, do ramo farmacêutico”.
A antiga Hypermarcas teria desembolsado R$ 20 milhões para os senadores, por intermédio do empresário e lobista Milton Lyra, e em compensação os parlamentares “teriam atuado em favor da Hypermarcas em um projeto de lei que tramitou no Senado nos anos de 2014 e 2015 sobre incentivos fiscais a empresas”.
De acordo com o relatório da Polícia Federal, enviado ao Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin, encaminhou o material à Procuradoria-Geral da República, que analisa se apresenta denúncia contra os senadores.
Renan Calheiros, de 69 anos de idade, foi deputado estadual e federal em Alagoas, ministro da Justiça no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSFB) e se prepara para concorrer, em 2026, ao seu quinto mandato consecutivo no Senado Federal, do qual já foi presidente por três vezes.
Desde 1995, quando assumiu o primeiro mandato de senador, Renan já foi alvo de cerca de 20 inquéritos ou processos e até agora tem conseguido se livrar de vários deles.
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