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Indústria Automotiva vai crescer mais que o previsto em 2018, diz Anfavea

Em 11 de Outubro de 2018 às 14:14

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, divulgou novas previsões para este ano. O licenciamento de autoveículos projetado para 2018 agora é de crescimento de 13,7%, alcançando 2,54 milhões de unidades – a previsão anterior era alta de 11,7%.

Nas exportações, o ajuste foi para baixo: ao invés de empatar com o resultado de 2017, a entidade prevê encerrar o ano com 700 mil veículos exportados, uma queda de 8,6% sobre o ano passado. Os novos desempenhos de licenciamento e exportação geraram leve alteração na produção, cuja expectativa para 2018 passa a ser de 11,1%, com registro de 3,0 milhões de unidades, ao invés dos 11,9% antes projetado.

Já o segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias terminará 2018 com 47 mil unidades negociadas, aumento de 11% sobre o ano passado – a última projeção indicava alta 7%. As exportações deverão ficar estáveis com 14 mil unidades, e a produção chegará em 61 mil, elevação de 15%.

Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, a revisão foi necessária principalmente pelos bons resultados do mercado interno e pelas exportações para a Argentina, principal parceiro comercial do Brasil:

“O mercado interno brasileiro progride mês após mês, com mais intensidade no segmento de caminhões e de máquinas agrícolas, o que gerou essa necessidade de revisarmos para cima nossas projeções de vendas. Por outro lado, a situação macroeconômica da Argentina impactou o mercado interno daquele país e, consequentemente, as exportações brasileiras para lá, por isso diminuímos nossa previsão neste quesito”.

Fabricação de veículos aumentou no Brasil | Na foto a fábrica da Mitsubishi em Catalão GO | Foto: Tom Papp

Resultados
Em setembro desse ano, 213,3 mil autoveículos foram licenciados, alta de 7,1% com relação ao mesmo mês do ano passado com 199,2 mil e queda de 14,2% quando comparado com as 248,6 mil de agosto desse ano. No acumulado do ano, o balanço aponta crescimento de 14%, com 1,84 milhões de unidades comercializadas este ano contra 1,62 milhões em 2017.

Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, o resultado da indústria automobilística em setembro já era esperado, mas o ritmo de vendas surpreendeu:

“O desempenho menor em setembro equiparado com agosto é normal, pois tivemos quatro dias úteis a menos no mês. Entretanto, o ritmo da média diária foi a maior do ano até agora, acima de 11 mil unidades, algo extremamente positivo e que demonstra aquecimento do mercado automotivo”.

No último mês foram produzidos 223,1 mil veículos, baixa de 6,3% sobre as 238,0 mil unidades do mesmo mês de 2017 e queda de 23,5% contra agosto, com 291,5 mil unidades. Até o nono mês do ano 2,19 milhões de unidades saíram das linhas de montagem, expansão de 10,5% ante as 1,98 milhões do ano passado.

O resultado das exportações continua impactado pela baixa das compras da Argentina e do México. Em setembro 39,4 mil unidades cruzaram as fronteiras, decréscimo de 34,5% frente a igual período de 2017 com 60,2 mil unidades e de 29,7% no confronto com as 56,1 mil de agosto. O acumulado aponta retração de 8%: 524,3 mil unidades em 2018 e 570,0 mil no ano passado.

Caminhões e ônibus
No segmento de caminhões, o licenciamento subiu 47,7% ao defrontar as 6,7 mil unidades de setembro deste ano com as 4,5 mil do mesmo mês de 2017, mas baixou 10% ante as 7,5 mil de agosto. No acumulado, o balanço apresenta alta de 49,2%, com 52,8 mil unidades em 2018 e 35,4 mil no ano passado.

A produção de caminhões registrou em setembro 9,1 mil unidades, número 19,9% superior às 7,6 mil de setembro do ano passado e 6% inferior às 9,7 mil de agosto deste ano. No período acumulado as 77,3 mil unidades fabricadas este ano estão 30,5% maiores que as 59,2 mil de 2017.

As exportações apresentaram recuo de 25,4%, com 1,8 mil unidades em setembro e 2,4 mil no mesmo mês do ano passado. No comparativo com agosto, quando 2,2 mil unidades foram enviadas para outros países, a diminuição é de 17%. A soma dos nove meses do ano aponta decréscimo de 4,5%, com 20,5 mil caminhões em 2018 e 21,4 mil em 2017.

No segmento de ônibus as vendas em setembro alcançaram 1,5 mil unidades, contração de 4,5% frente as 1,6 mil unidades comercializadas em agosto e crescimento de 73,2% se comparado com as 865 unidades de setembro do ano passado. No acumulado as 10,5 mil unidades licenciadas em 2018 indicam expansão de 22,4% sobre as 8,6 mil do ano anterior.

A produção de 2,2 mil chassis de ônibus em setembro está 33,4% superior às 1,7 mil do mesmo mês de 2017 e 24,7% abaixo das 3,0 mil de agosto. De janeiro a setembro a produção chegou em 23,1 mil unidades, elevação de 42,9% sobre as 16,1 mil do mesmo período no ano passado.

A exportação de ônibus alcançou 6,5 mil unidades, diminuição de 3,6% contra as 6,7 mil unidades de 2017.

Máquinas agrícolas e rodoviárias
As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias em setembro foram de 4,9 mil unidades, acréscimo de 17,5% com relação as 4,2 mil do mesmo mês do ano passado e queda de 2,3% ante as 5,0 mil de agosto. O total de máquinas negociadas no acumulado cresceu 7,7%, com 34,6 mil unidades este ano e 32,1 mil no ano anterior.

Os fabricantes produziram 5,8 mil unidades em setembro, índice 14,9% menor do que as 6,8 mil unidades que saíram das linhas de montagem em agosto e 40,1% superior ante as 4,1 mil de setembro de 2017. No acumulado deste ano, a produção chegou a 46,2 mil unidades: crescimento de 9,2% em relação as 42,3 mil do ano passado.

As exportações até setembro foram de 9,7 mil unidades, número menor em 2,4% se defrontado com as 10,0 mil do ano passado.

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