O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) coletou amostra de água da Lagoa Mundaú após moradores denunciarem, na manhã desse domingo, 13, que vários peixes apareceram mortos nas margens da lagoa, em Bebedouro, na região do Flexal de Baixo. A informação foi confirmada ao TNH1 pela assessoria do IMA.
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Parte das amostras foram levadas para o Laboratório de Química da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). As análises físico-quimicas serão feitas pelo laboratório da Ufal, já as microbiológicas serão feitas pela equipe do Laboratório de Estudos Ambientais do Instituto. A perspectiva é que os resultados sejam divulgados na próxima quinta-feira, 17.
Segundo o IMA, Inicialmente, não é possível indicar uma causa provável. Um filme de óleo que teria aparecido sobre a água, e apontado por alguns pescadores como causa, não aparenta ter relação direta com o incidente, considerando que os animais que apareceram mortos não são de superfície. Além disso, moradores da região informaram que o caso teria sido localizado e sem grandes impactos.
Mesmo assim, a equipe técnica do IMA/AL vai dar continuidade às verificações para encontrar possíveis causas e tomar as providências necessárias. A população pode continuar denunciando através do Aplicativo IMA Denuncie e do whatsapp geral do órgão 988339407.
De acordo com Maurício Sarmento, morador da região e uma das lideranças locais, foram encontrados mortos siris, mororós e morongos. "São peixes que vivem na lama, mas que apareceram boiando", disse Maurício. Foi ele que acionou o professor Emerson Soares, do Centro de Engenharia e Ciência Agrárias da Universidade Federal de Alagoas.
"Recebemos informações que havia problema de mortalidade de organismos aquáticos na Lagoa Mundaú. Através de informações da população e líderes comunitários fomos in loco na região do Bebedouro. Coletamos amostras de água e organismos aquáticos e o procedimento agora vamos levar ao laboratório onde durante uma semana vamos fazer as análises pertinentes a qualidade de água, questão de hidrocarbonetos, metais pesados", afirmou o professor ao Balanço Geral Alagoas, da TV Pajuçara/Record TV.
Maurício Sarmento fez um apelo para que o Ministério Público Federal e a Secretaria de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet) também apurem o caso. Em contato com o TNH1, a Sedet informou que o IMA está averiguando as amostras e se for constatada alguma infração ambiental, a secretaria pode atuar junto ao responsável pela irregularidade. A reportagem aguarda retorno do MPF sobre a citação do morador.
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