'Ilegal e sem provas. Bode expiatório para dar resposta à população' diz defesa de suspeitos de furtar Carlinhos Maia

Publicado em 08/06/2022, às 10h49
Três suspeitos de participação no furto milionário foram presos em Campina Grande, na Paraíba | Foto: Reprodução / Polícia Civil da Paraíba
Três suspeitos de participação no furto milionário foram presos em Campina Grande, na Paraíba | Foto: Reprodução / Polícia Civil da Paraíba

Por Eberth Lins

O advogado Thiago Araújo, que defende os paraibanos Emerson de Holanda Lira e Eliabio Custódio Nepomuceno, dois dos três presos suspeitos de furtar o apartamento do influenciador Carlinhos Maia, em Maceió, disse, em entrevista ao TNH1, que vai apresentar à Justiça elementos que, segundo ele, atestam que seus clientes estavam em Campina Grande, na Paraíba, no momento da invasão ao imóvel, na noite de 29 de maio. 

Nesta quarta-feira, a defesa dos presos participou da audiência de custódia, onde foi pedida da revogação das prisões. O Tribunal de Justiça informou à imprensa, que vai se pronunciar ainda hoje sobre o pedido.

Araújo diz que a prisão é "ilegal e sem provas". "Estão colocando [os suspeitos] como bode expiatório para dar uma resposta à imprensa, essa é a verdade", afirmou.

Conforme a defesa, a polícia justifica a prisão dos dois clientes do advogado por um processo de roubo em que ambos foram absolvidos. "Querem dar uma resposta à população jogando inocentes na prisão, essa é a verdade. Uma prova é que nada da vítima foi encontrado. Como pode isso?", argumentou. "A defesa já tem vídeo e foto com data e hora, e está em diligência para juntar provas de que os acusados estavam em Campina Grande", complementou.

O TNH1 também ouviu Evanildo Nogueira, advogado do terceiro preso, identificado como Wellington Medeiros da Silva Moraes. Esse diz que a prisão é "baseada em suposições" e que "afronta o estado democrático de direito". "Fiz o pedido de revogação da prisão preventiva em audiência de custódia, tendo em vista que não existe nenhuma prova de autoria ou materialidade do crime em face de Wellyngton", destacou.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e foi informada que a instituição não vai se pronunciar. A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), responsável pelas investigações, também foi procurada e disse que só vai se pronunciar ao final do inquérito ou, excepcionalmente, se acontecer um fato novo, a exemplo de novas prisões.

Delegados responsáveis pelas investigações
Delegados responsáveis pelas investigações (Foto: Reprodução / TV Pajuçara )
Veículo apreendido com os suspeitos em Campina Grande, na Paraíba
Veículo apreendido com os suspeitos em Campina Grande, na Paraíba (Foto: Cortesia / PC/PB)
Materiais apreendidos com os suspeitos
Materiais apreendidos com os suspeitos (Foto: Théo Chaves / TNH1)

Prisões - Os três suspeitos foram presos na noite de segunda-feira (06), na Paraiba, e trazidos para Maceió em seguida. Nessa terça-feira (07), a polícia informou, em entrevista coletiva, que o trio tem histórico de roubos e arrombamentos. Os delegados também ressaltaram que as investigações ainda são "incipientes", ou seja, estão no início, e que os objetos furtados ainda não foram recuperados.

O apartamento de Carlinhos Maia e do esposo, Lucas Guimarães, foi invadido na madrugada do último dia 29. Segundo o casal, os bandidos levaram bens avaliados em R$ 5 milhões, entre jóias, relógios e dinheiro em espécie. No momento da invasão, o apartamento estava vazio, visto Carlinhos estava internando em um hospital de Aracaju, onde se recuperava de mais uma cirurgia estética, e Lucas no exterior, cumprindo agenda de trabalho em Cancún, no México.

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