Uma equipe do centro de pesquisa da IBM na cidade de San Jose, na Califórnia, criou o menor ímã do mundo. Sua composição? Um único átomo. Seu objetivo? Tornar o HD de seu computador muito, muito pequeno.
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O primeiro disco rígido da história, O IBM 350, foi lançado em setembro de 1957. Ele tinha 1,7 metro de largura e 73 centímetros de altura, mas armazenava só 5MB — o equivalente a uma música de pouco mais de dois minutos em formato MP3. Desde então, ainda bem, as máquinas só diminuíram, e a meta continua sendo armazenar cada vez mais informação em cada vez menos espaço.
Hoje, segundo a IBM, mesmo o melhor dos HDs precisa de 10 mil átomos para armazenar cada bit. Se esse bit pudesse ser armazenado em um único átomo, portanto, o gadget ocuparia 100 mil vezes menos espaço. Moral da história? Aplicando esse filhote de ímã na prática, seria possível guardar toda a biblioteca do iTunes na área de um cartão de crédito.
Vale lembrar: na teoria da informação, um bit é a menor quantidade de informação que pode ser armazenada ou transmitida. Ele corresponde a um “0” ou a um “1” no código binário — é sempre bom lembrar que, em última instância, cada filme, música e livro que você tem salvo no PC é formado por incontáveis zeros e uns.
Quando um HD de computador doméstico armazena uma informação, na prática ele só está organizando uma sequência de minúsculos ímãs de forma que a sequência de pólos positivos e negativos seja idêntica à sequência de zeros e uns do arquivo.
Segundo o artigo científico, publicado na Nature, os átomos usados no experimento são de um elemento hipster da tabela periódica: o hólmio (Ho), conhecido por cientistas justamente por gerar campos magnéticos muito fortes.
Uma fileira de hólmios foi posicionada sobre uma placa de óxido de magnésio, e uma corrente elétrica foi usada para mudar a orientação magnética de cada um deles.
A recuperação das informações salvas nessa “fila indiana” atômica é tão precisa que, mesmo que as partículas estejam a alguns nanômetros de distância umas das outras — uma distância mil vezes menor que o tamanho de uma célula de seu sangue —, é possível ler a orientação magnética de cada um com precisão.
Frank Zappa ficaria feliz: até seus 80 álbuns de estúdio (talvez a maior discografia da história do rock) caberiam em um único fio de cabelo.
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