Hospital registra 10 casos de queimados com fogos no Réveillon 2020, em Recife

Publicado em 02/01/2020, às 11h08
Bruno Campos/JC Imagem
Bruno Campos/JC Imagem

Por JC Online

O setor de queimados do Hospital da Restauração (HR), que fica no bairro do Derby, na área Central do Recife, atendeu 10 pessoas que sofreram lesões em decorrência de fogos de artifício neste fim de ano. De acordo com o chefe do setor, o médico Marcos Barreto, os pacientes foram socorridos entre a noite da terça-feira (31) e a manhã da quarta-feira (1ª). Os queimados vieram de diversos locais da Região Metropolitana do Recife (RMR), além de Chã Grande, na Zona da Mata e Altinho, no Agreste de Pernambuco.

Ainda segundo o médico, a quantidade foi menor do que a da virada do ano em 2019, mas foi maior do que o esperado. Entre as vítimas, todas eram do sexo masculino, com idades entre 16 e 69 anos. "Em sua grande maioria, foram adultos. Só teve um garoto, que foi com pólvora. O restante foi com explosivos. Inclusive, o grande problema foram as lesões graves que eles tiveram em mãos, precisando de amputação", comenta Marcos Barreto, em entrevista ao programa Passando a Limpo da Rádio Jornal.

Queimaduras em crianças

O chefe do setor de queimados também comentou sobre a mistura entre bebida alcoólica e os fogos de artifício. "É uma coisa que acontece na virada do ano. As pessoas começam desde a tarde a beber", acrescenta o médico. Segundo ele, os pacientes atendidos no fim do ano são, geralmente, adultos. Os casos com crianças se concentram no período junino. "Criança neste período é uma coisa mais rara. Criança só se queima no período junino, porque as pessoas dão fogos de artifício e a falta de supervisão leva o paciente à hospitalização. Em média, na época junina, são 65 a 70 pacientes queimados", explica.

Em 2019, o HR atendeu 56 pessoas e 22 foram internadas em decorrência de queimaduras, no período entre os dias 12 e 30 de junho, em que ocorrem as festas juninas. Em 2018, o hospital havia registrado 45 atendimentos, sendo 22 crianças. "Teve paciente com lesões graves na mão, com perda de dedo, com destruição de tendões. Também teve caso de lesão parcial. A gente tenta prevenir e as pessoas parece que não ouvem ou não acreditam", completa Marcos Barreto.

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