Homem trans foi assassinado com três tiros, aponta perícia; mãe diz que ele não tinha inimizades

Publicado em 15/12/2023, às 10h09
Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

Por TNH1

O homem trans assassinado dentro de um mercadinho, no bairro de Ouro Preto, em Maceió, nessa quinta-feira, 14, foi atingido por três tiros, sendo dois deles na altura da cabeça. A informação foi confirmada pela Polícia Militar após o trabalho da perícia da Polícia Científica ainda no local do crime. Os suspeitos continuam foragidos.

Os peritos identificaram ferimento no lado direito do rosto, próximo ao ouvido, no pescoço, com saída da bala perto da boca, e na parte de trás da coxa esquerda. Caio, como era conhecido, estava próximo a um local de venda de caldo de cana quando foi alvo dos criminosos e correu para dentro do mercadinho para tentar fugir dos tiros.

À PM, a mãe do homem trans afirmou que ele era usuário de drogas, mas não tinha inimizades. Ela disse também que Caio trabalhava em um churrasquinho no Conjunto José Tenório, no bairro de Serraria, e não entende o motivo do assassinato.

No chão, os policiais encontraram três estojos da pistola 380. Testemunhas disseram que dois suspeitos usaram uma motocicleta para a chegada e para a fuga. A identidade e o paradeiro deles ainda são desconhecidos.

Caio era natural de Caruaru, em Pernambuco, e veio morar em Maceió há aproximadamente 10 anos. Ele residia sozinho em um imóvel. 

Vítima tinha costume de lanchar próximo a mercadinho - O delegado José Denisson de Albuquerque, que estava de plantão na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), confirmou para a reportagem nesta manhã que as testemunhas disseram que a vítima costumava lanchar nas proximidades do mercadinho.

"A gente conversou com algumas pessoas que estavam no local e elas disseram que a vítima costumava ir por lá, comer um bolo, fazer um lanche, tudo ali por perto. Disseram que ela era uma pessoa boa, sem inimizades, na dela, que usava drogas, mas não tinha aquele envolvimento direto com criminosos", disse.

O inquérito vai ficar sob responsabilidade da delegada Talita Aquino. O TNH1 tentou contato nesta manhã, mas ela não atendeu as ligações telefônicas.

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