Holandês e zelador de igreja estão entre os presos por pedofilia em Alagoas

Publicado em 17/05/2018, às 12h56

Por Redação

“Em anos atuando na área, eu nunca vi imagens tão chocantes quanto essas”. A fala é de Adriana Gusmão, delegada de Crimes contra a Criança e o Adolescente, durante apresentação à imprensa do que já foi apurado na "Operação Luz na Infância 2", deflagrada na manhã desta quinta-feira (17) em Alagoas, para coibir crimes sexuais contra menores de idade. Em Maceió, até o momento, três pessoas foram presas em flagrante, entre elas, um holandês e um zelador de uma igreja.

Conforme foi apresentado na coletiva desta manhã, as investigações começaram na Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e foram repassadas para as polícias civis de estados brasileiros.

Em Alagoas, a Polícia Civil cumpriu nove mandados de busca e apreensão. Diversos celulares, computadores, pen drives e cartões de memória foram apreendidos e encaminhados para a perícia criminal.

Nas primeiras análises feitas pelos agentes, ainda nos locais de cumprimento dos mandados, foi possível observar vídeos e fotos com imagens de atos sexuais praticados entre crianças, e crianças com adultos, segundo a polícia.

Um dos capturados, Paul Jozef de Jonge, de 55 anos, é engenheiro natural da Holanda e mora há 20 anos no Brasil. Ele foi preso em um condomínio de luxo no bairro da Serraria, em Maceió.

O segundo acusado, Roberto Marinho da Cruz, 56, foi preso também na capital, em Cruz das Almas. Roberto trabalha como zelador de uma igreja evangélica no bairro da Jatiúca. Materiais que apontam o crime de pedofilia foram encontrados em seu computador pessoal. De acordo com a polícia, o zelador utilizava a internet da igreja para fazer o download dos arquivos.

A delegada Adriana Gusmão informou ainda que o zelador Roberto admitiu a utilização do conteúdo para uso próprio. 

Já o terceiro envolvido foi identificado como José Márcio dos Santos Aciole, 40, morador de Rio Largo - região Metropolitana de Maceió.

A operação ainda tem continuidade. Segundo a polícia, dependendo do resultado da perícia criminal, mais pessoas podem ser presas. A coletiva contou também com a participação da coordenadora do núcleo de inteligência da gerência da Polícia Civil, a delegada Ana Luíza Nogueira, e do delegado Fabrício Lima, os quais explicaram que caso as crianças sejam identificadas nas imagens, os acusados responderão por estupro de vulnerável. 

Os envolvidos foram submetidos a exame de Corpo de Delito e encaminhados para o Complexo de Delegacias Especializadas (Code), na Mangabeira, onde serão ouvidos pelo delegado plantonista. Após os depoimentos, vão ser levados para a Casa de Custódia.

Gostou? Compartilhe