Por TNH1 com TV Pajuçara
Cinco pessoas foram presas pela comercialização ilegal de medicamentos emagrecedores no município de Maceió, durante a Operação Estrelar, desencadeada na manhã desta terça-feira, 08, pela Polícia Federal (PF). De acordo com as autoridades, o grupo teria adquirido até R$ 100 mil com a distribuição das substâncias.
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O delegado Antônio Miguel Pereira Junior disse, em entrevista ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara/Record TV, no início da tarde de hoje, que os medicamentos eram colocados à venda na internet e atraíam usuários de redes sociais que tinham o interesse em perder peso.
"Foram dois anos de investigação. O material é basicamente um composto de ervas que contem sibutramina, que é um anorexígeno, e é de venda controlada. A comercialização deve acontecer apenas mediante receita. Mas as pessoas compravam, tinham algum resultado, porém o uso da sibutramina necessita de acompanhamento médico", destacou o delegado.
Ainda segundo Antônio Miguel Pereira Junior, a PF não teve acesso à quantidade total de produtos apreendidos, que seguem em contagem, mas acredita que os presos chegaram a lucrar quase R$ 100 mil com o comércio ilegal.
"O material segue sendo contato, foi muita coisa apreendida, estamos aqui com uma parte, mas estimamos uma quantia por volta de R$ 80 mil e R$ 100 mil, que eles conseguiram [...] Para o consumidor final o valor cobrado era R$ 200. Já para os distribuidores locais, eles tinham um processo de negociação para chegar no valor de R$ 200 para o consumidor final também", explicou o delegado sobre como era negociação financeira com o cliente.
Os cinco presos vão ser encaminhados ao IML para a realização do exame de corpo de delito e, posteriormente, serão levados ao Sistema Prisional de Alagoas, onde ficam à disposição do Poder Judiciário. O artigo 273 do Código Penal mostra que o grupo está sujeito a uma pena de 10 a 15 anos de reclusão.
Operação Estrelar - A Polícia Federal deflagrou a Operação Estrelar, dando cumprimento a 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal da Capital, com o objetivo de combater o comércio ilegal de medicamentos emagrecedores em Maceió.
O inquérito foi instaurado em 2020 diante da notícia de que estavam sendo comercializados medicamentos emagrecedores como se fossem produto natural. Os policiais federais identificaram os comerciantes e, fazendo uso de estória cobertura, adquiriram alguns desses remédios.
Os produtos foram submetidos à perícia e os experts da Polícia Federal identificaram diversas substâncias controladas, inclusive em associações proibidas. Os produtos vendidos ilegalmente declaram conter extratos das plantas Calunga, Carqueja, Martelinho, Garfinea e Aloe Vera.
Entretanto, as análises realizadas detectaram a presença das substâncias sibutramina, fluoxetina e furosemida. A sibutramina é um fármaco anorexígeno, considerada capaz de causar dependência física e/ou psíquica; A fluoxetina é um fármaco antidepressivo, estando sujeita a controle especial somente podendo ser vendida mediante receita médica; já a furosemida é um fármaco diurético, usado no tratamento de retenção de líquidos, edemas, hipertensão arterial e outros.
Esses medicamentos não têm autorização da ANVISA e, por conter substância de uso controlado ou proibido, foram apontados como causa da morte de uma mulher em São Paulo, na semana passada (https://www.tnh1.com.br/noticia/nid/mulher-morre-com-hepatite-fulminante-apos-consumircha-de-emagrecimento/ ).
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