Quase uma semana após a peça infantojuvenil Abrazo, sobre repressão, ser cancelada inesperadamente, o grupo de teatro Clowns de Shakeaspeare (RN) informou, nesta quinta-feira (12), sobre a abertura de um processo judicial apresentando um pedido de tutela antecipada em caráter antecedente, junto à 2ª Vara Federal da Justiça Federal de Pernambuco. Em publicação nas redes sociais, o grupo reafirma a censura.
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O grupo se manisfetou por meio de nota e fez uma crítica sobre a atitude que, segundo eles, a Caixa Cultural Recife. "As tentativas de comunicação com a Caixa tiveram retornos inconsistentes, resumindo-se a alegar que havíamos infringido o inciso VII da Cláusula Quarta, que prevê que a contratada seja obrigada a “zelar pela boa imagem dos patrocinadores, não fazendo referências públicas de caráter negativo ou pejorativo”, e que isso teria ocorrido no bate-papo realizado após a primeira sessão", diz trecho.
"Ainda sem ideia do que poderia ser alegado, uma vez que não reconhecemos nada que pudesse gerar esse tipo de reação, e diante da ausência de informações adicionais, não conseguimos imaginar outra razão para essa recisão que não seja censura ao nosso trabalho e pensamento".
Livremente inspirado em O Livro dos Abraços, do uruguaio Eduardo Galeano, com roteiro dramatúrgico de César Ferrario e direção de Marco França, a obra convida os espectadores à jornada de um menino que vive em um país onde não é permitido que as pessoas se abraçarem ou demonstrarem qualquer afeto uns com os outros. A peça faz parte da Trilogia Latino Americana dos Clowns, que conta ainda com os espetáculos Nuestra Senhora de las Nuvens e Dois Amores y um Bicho.
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