O Governo Federal, por meio do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, reconheceu, nesta sexta-feira (1), o estado de emergência decretado pela Prefeitura de Maceió. O documento deverá ser publicado ainda hoje no Diário Oficial da União.
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O decreto de situação de emergência de 180 dias foi assinado pelo prefeito JHC, publicado em edição extraordinária do Diário Oficial do Município, na última quarta-feira (29) devido ao iminente colapso da mina nº 18, mantida pela Braskem, na região da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, na capital.
A Prefeitura ainda autorizou a convocação de voluntários para reforçar as medidas e iniciar mobilizações, com campanhas de arrecadação de donativos e recursos junto à comunidade, para facilitar as ações de assistência e dar uma resposta rápida aos afetados.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) está acompanhando de perto a situação em Maceió, que sofreu, nos últimos dias, seguidos abalos sísmicos causados por atividades de mineração da Braskem. Nesta sexta-feira (1º), foi realizada reunião com uma equipe da Defesa Civil Nacional, que está no local desde quinta-feira (30) por determinação do ministro Waldez Góes, que participou de forma on-line. O objetivo do encontro foi apresentar as informações levantadas pela equipe e traçar, em parceria com as defesas civis estadual e municipal, uma estratégia para atender a população afetada.
“A Defesa Civil Nacional e o Gade (Grupo de Apoio a Desastres) já monitoram a situação do lugar há muito tempo. Por determinação do presidente Lula e do presidente em exercício, Geraldo Alckmin, estamos com todo o nosso aparato de prontidão para auxiliar Alagoas em caso de necessidade”, informou Waldez Góes.
“Iremos reconhecer ainda nesta sexta-feira a situação de emergência na cidade de Maceió e também repassaremos os recursos necessários para apoio à população”, destacou o ministro.
Segundo a Defesa Civil Nacional, foi observada significativa movimentação em Mutange, chegando a 50 cm nas últimas 24h. A última média de movimentação calculada na área era da ordem de 18 cm por ano. Foram identificadas ainda trincas e rachadura no solo, que evoluíram significativamente.
"A título de informação, no período de 19 a 24 de novembro, foi registrado um total de 1011 eventos sísmicos na área. Além da quantidade elevada de abalos, observou-se que a profundidade dos sismos se tornava mais rasa, indicando uma possível movimentação da cavidade em direção a superfície", explicou o diretor de obras da Defesa Civil Nacional, Paulo Falcão, que coordena a ação com o apoio de membros do Gade.
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