O governo de Alagoas disse que as consequências do desastres ambientais causados pela Braskem em Maceió estão longe de uma solução. Diante disso, o governo reitera que há um passivo em torno de R$ 30 bilhões da petroquímica, conforme estudo recém-concluído.
Os desastres causados pela empresa, em meio a tratativas sobre a venda de parte da Braskem para o fundo árabe ADNOC, tem se agravado. Segundo o governo, há previsão de formação de crateras em bairros centrais a qualquer momento.
"O Estado reitera a sua posição irredutível em defesa dos interesses de Alagoas, dos municípios da região metropolitana de Maceió e de cerca de 150 mil vítimas do maior crime ambiental urbano do mundo, provocado pela petroquímica, que vem sendo acompanhado pelo Grupo de Trabalho de Combate ao Crime da Braskem", afirma.
A gestão disse ainda que, por meio do fato relevante, tenta advertir as autoridades federais da preocupação. "Há firme intenção de ir às últimas consequências institucionais e legais para fazer prevalecer os direitos dos credores alagoanos, já supracitados, que sorrateiramente se tenta ignorar."
Em documento, o governo também ressalta que não se opõe à venda da empresa, mas diz que é preciso equacionar o passivo em Alagoas antes e que, para isso, estão abertas à negociação. "Porém, é preciso estabelecer um modelo de acordo adequado diante do tamanho da realidade do desastre, e não como tem sido a recorrente postura da Braskem de ofertar valores vis."
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