Governador nega retrocesso em negociação com policias civis

Publicado em 05/05/2016, às 13h51

Por Redação

O governador Renan Filho se pronunciou hoje (5) sobre as negociações com os policiais civis, em greve, e declarou que não houve retrocesso por parte do governo na proposta apresentada à categoria esta semana. Segundo ele, a reunião de negociação intermediada pelo presidente do Tribunal de Justiça, Washington Luiz não definiu propostas oficias.

As declarações foram feitas durante a visita do ministro da Defesa, o alagoano Aldo Rebelo, para a solenidade de assinatura do termo de cessão de parte da área do 59º Batalhão de Infantaria Motorizada (BIMTz) para a construção de um novo eixo viário, em Maceió.

“O que houve nesta reunião foi uma ideia por parte do sindicato para ter um aumento do IPCA de quase 20% neste ano. O que não é o que está sendo negociado pelo Estado com as outras categorias . Portanto, não podemos negociar essas pautas específicas antes da pauta geral”, esclareceu.

O governador aproveitou para lembrar que não pode aprovar os pedidos sem realizar a análise contábil, e que essas medidas têm que levar em conta a capacidade de pagamento do Estado.

“A categoria fez um pleito de elevação de 172% do salário e o Estado não tem condição de conceder esse aumento de forma imediata. Onze estados brasileiros estão com folhas de pagamento atrasadas, outros 17 estados anunciaram que este ano não há possibilidade de conceder aumentos, sob pena de não cumprir com o pagamentos dos servidores”, disse.

Contudo, Renan disse que o Estado vai continuar buscando alternativas. “Não podemos esquecer as outras categorias. Em um ano de crise como esse, é fundamental pagar em dia, porque quando isso não acontece, instala-se o caos, como podemos observar em outros estados brasileiros” , disse.

Reivindicação

Os policiais civis se disseram revoltados com a nova proposta do governo, que eles consideraram como um recuo. A proposta anterior, apresentada em reunião de conciliação com a presença do TJ, era piso salarial de R$ 3.600 em quatro parcelas (maio, julho, setembro e novembro) mais o IPCA em dezembro.

Esta semana, o governo apresentou proposta de negociação do piso após a revisão geral dos servidores públicos, porém não há data certa para a implantação.

Em assembleia geral ontem (4), os policiais civis aprovaram como contraproposta o piso salarial de R$ 5.500,00. Eles decidiram suspender todos os serviços policiais, inclusive os flagrantes, podendo os delegados, que não estão em greve, realizar o procedimento.

Governador nega retrocesso em negociação com policias civis
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