Tecnologia

Google lança o Bard, concorrente do ChatGPT, no Brasil

Extra Online | 13/07/23 - 09h46
Foto: Reprodução/Unplash

Depois de ser lançado em mais de cem países, o Bard, concorrente do Google para o ChatGPT, enfim chegou ao Brasil. A partir desta quinta-feira, usuários brasileiros poderão acessar, em português, o sistema de inteligência artificial generativa que responde a perguntas e cria conteúdo.

O lançamento faz parte de um novo passo de expansão da ferramenta de inteligência artificial, apresentada pelo Google no início deste ano, meses depois da OpenAI liberar o ChatGPT ao público. Além do Brasil, os vinte e sete países que fazem parte da União Europeia também terão acesso ao sistema a partir desta quinta-feira.

Depois de ser lançado em mais de cem países, o Bard, concorrente do Google para o ChatGPT, enfim chegou ao Brasil. A partir desta quinta-feira, usuários brasileiros poderão acessar, em português, o sistema de inteligência artificial generativa que responde a perguntas e cria conteúdo.

O lançamento faz parte de um novo passo de expansão da ferramenta de inteligência artificial, apresentada pelo Google no início deste ano, meses depois da OpenAI liberar o ChatGPT ao público. Além do Brasil, os vinte e sete países que fazem parte da União Europeia também terão acesso ao sistema a partir desta quinta-feira.

Agora, o Bard também vai permitir que os usuários modifiquem o estilo e tom de um texto. É possível pedir que um conteúdo fique mais simples, longo, curto, profissional ou casual. Ao solicitar para que a ferramenta escreva um e-mail, por exemplo, o usuário poderá pedir que ele fique mais formal ou menos formal. A função pode ser útil também para resumos. Por enquanto, essa opção está disponível apenas em inglês, mas poderá ser acessada do Brasil.

Segundo a empresa, um grupo de revisores brasileiros, de dentro e de fora do Google, trabalhou para adaptar a IA ao português. Como acontece com outras inteligências artificiais, o sistema tende a se aperfeiçoar a partir da interação com os usuários.

— Esse processo é interativo. A gente contou com parcerias internas e externas para expor o modelo a uma comunidade mais diversa possível de pessoas - diz Bruno Possas, vice-presidente global de engenharia do Google.

Novos recursos para o Bard

Nesta quinta-feira, para todos os usuários, o Bard também passará a contar com quatro novos recursos, além das atualizações de áudio e ajuste de texto:

  • Integração com imagens: Agora os usuários poderão usar o Google Lens para interagir como o chatbot. É possível compartilhar uma foto para buscar inspiração, por exemplo, ou para ter mais informações sobre ela. Esse recurso, por enquanto, está disponível apenas inglês.
  • Organizador de conversas: Agora, ao iniciar uma conversa com o Bard, será possível renomear, fixar e selecionar conversas recentes na barra lateral.
  • Exportar código para mais: uma das funções da IA é criar códigos de programação. a partir desta quinta-feira um novo recurso permite que os usuários exportem código Python para o Replit, além do Google Colab.
  • Compartilhamento de respostas: será possível compartilhar respostas do barte nas redes sociais, com links.

Como funciona a IA do Google


Com um sistema parecido com o do ChatGPT, o Bard é uma inteligência artificial do tipo generativa, capaz de interagir com humanos, criar conteúdos em textos, responder a perguntas e realizar tarefas, como escrever um e-mail ou criar um roteiro de viagem.

A IA por trás do sistema foi abastecida com milhares de dados disponíveis de forma pública na internet e treinada pela empresa para poder responder aos comandos gerados pelos usuários. Diferentemente do ChatGPT, que tem informações somente até 2021, o Bard é capaz de fornecer informações atualizadas.

Uma parte do refino feito pelo Google passa por ensinar a IA a não gerar conteúdos perigosos ou com viés preconceituoso. A própria empresa alerta, no entanto, que o Bard é um sistema em fase experimental. Isso significa que, apesar de disponível para o público, a ferramenta pode ter "alucinações", como são chamadas as informações falsas inventadas pela IA, além de criar respostas ofensivas.

— O nosso objetivo é fazer com que esses problemas não inviabilizem o funcionamento da ferramenta. Queremos transformar os exemplos negativos em exemplos positivos, para ensinar o modelo o que ele não deve fazer — diz Bruno Possas, vice-presidente global de engenharia do Google.

Para permitir que os usuários chequem a confiabilidade do conteúdo gerado pelo Bard, o sistema apresenta uma aba com sugestões de resultados do buscador do Google, indicando tópicos similares. É possível também qualificar o conteúdo como positivo ou negativo, além de editar a resposta da IA - uma interação que, segundo a empresa, será usado para aperfeiçoar o Bard.

O sistema não apresenta automaticamente as fontes de conteúdo usadas para gerar as respostas. É possível, no entanto, pedir que o Bard elenque a origem das informações que ele apresentou.

A Google informa que, por ora, as informações compartilhadas pelos usuários não serão usadas para aperfeiçoar sistemas de recomendação de publicidade. Como está em caráter experimental, o Bard também não será monetizado. A empresa também adiantou que deve lançar, em breve, um protocolo para que criadores de conteúdo que assim preferirem não tenham suas informações usadas para abastecer a inteligência artificial.