O professor e geólogo Abel Galindo tem dito em entrevistas, desde o ano passado, que o problema geológico causado pela Braskem já está estagnado no bairro do Pinheiro e, no Mutange e em Bebedouro, a tendência é que as margens da Lagoa Mundaú afundem por até dois metros nos próximos 10 anos.
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Galindo, um dos especialistas que mais têm se aprofundado nas questões envolvendo esse desastre ambiental em Maceió, revela, também, que não há mais riscos para quem tem imóveis no Pinheiro e no Farol, exatamente por causa da estagnação do solo.
Apesar dessa e de outras evidências, o senador Renan Calheiros (MDB/AL) usou as redes sociais nesta segunda-feira para afirmar:
“O maior crime ambiental urbano do mundo – da Braskem em Alagoas – faz novas vítimas e o afundamento do solo se alastra para outros bairros. O desastre ameaça mais 4 mil alagoanos, além dos 200 mil iniciais. A justiça será feita.”
A declaração do senador foi rotulada de fake news pelo vereador Rodolfo Barros e desmentida pela Defesa Civil de Maceió, através de nota oficial:
“A Defesa Civil informa que não é de sua autoria o mapa que circula na mídia e redes sociais, que indica atualização das áreas afetadas pelo afundamento do solo em decorrência da mineração de sal-gema.
A Defesa Civil do Município monitora ininterruptamente as áreas afetadas, bem como as áreas de borda do Mapa de Linhas e Ações Prioritárias (V4), nos bairros adjacentes, por meio de equipamentos que medem em milímetros a movimentação do solo e por visitas in loco, periodicamente, com vistorias do Comitê Técnico.
Havendo novas atualizações, a Defesa Civil de Maceió é o único órgão com respaldo técnico para emitir o Mapa de Linhas e Ações Prioritárias.”
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