Os irmãos gêmeos Adamy Lino de Almeida, Allef Lino de Almeida vão poder utilizar as redes sociais novamente após a Justiça alagoana revogar, nessa terça, 10, a medida cautelar que causava a proibição. A decisão aconteceu após pedido da defesa dos suspeitos, em que foi alegado o uso do meio para serviços de publicidade. Mesmo com a revogação, Adamy e Allef seguem proibidos em praticar rifas ou sorteios ilegais nas redes.
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Os perfis do Instagram dos irmãos são objetos da investigação da polícia. Anteriormente, depois das prisões, em novembro do ano passado, eles tinham sido proibidos de acessá-los. Agora, vão poder reativar a conta para outros fins.
De acordo com a decisão judicial, a defesa havia pedido o relaxamento da medida cautelar por entender que as redes não eram usadas apenas para os sorteios, como também para a divulgação de marcas e pessoas, ou seja, uma prestação de trabalho na área de publicidade.
"De fato, percebe-se que a utilização de tais perfis, em situação que não envolva o recebimento de valores de terceiros, fato que culminou com a investigação, teria o condão de garantir a continuidade da atividade empresarial dos acusados sem macular a ordem pública. Logo, deferimos o pedido formulado pela defesa e autorizamos a utilização dos perfis para fins específicos de publicidade e propaganda, vedando-se a realização de sorteios, ainda que em caráter gratuito", mostra trecho da decisão.
À época das prisões, o delegado Filipe Caldas, da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic), destacou que a operação combateu a prática de sonegação fiscal e jogos de azar, na cidade de Arapiraca. Quatro pessoas foram presas, sendo três irmãos, dois deles sendo conhecidos na região como "gêmeos da rifa".
Caldas disse que os suspeitos eram muito articulados e faziam os sorteios há mais de um ano. Ainda conforme o delegado, a cada veículo eram vendidas uma média de 100 mil rifas no valor de R$ 10. "A título de exemplo, para uma Picape de R$ 300 mil, R$ 350 mil eram vendidos 100 mil rifas de R$10, uma margem de lucro de R$ 650 mil , R$ 700 mil por veículo", acrescentou na ocasião.
Ao todo, a polícia recolheu 26 motos, 23 carros, um caminhão, quatro armas de fogo e mais de R$ 122 mil em espécie. As contas bancárias de empresas e de pessoas físicas, de mais de R$ 65 milhões, foram bloqueadas.
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