Os sucessivos aumentos no preço da gasolina não têm mudado, pelo menos por enquanto, a escolha dos condutores maceioenses na hora de abastecer nos postos de combustíveis.
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A reportagem do TNH1 foi às ruas da capital alagoana, na manhã desta segunda-feira (18), para ouvir os principais afetados pelo alto preço da gasolina: os consumidores.
Todos os condutores entrevistados concordaram em pelo menos uma questão: está cada vez mais difícil encher o tanque dos carros ou das motos. Seja com gasolina ou com o álcool, tem gente que já opta por deixar o carro em casa ou usar outro meio de locomoção.
É o caso da condutora Maria Emanoela, que vem mudando os hábitos para não sentir no bolso o aumento da gasolina.
“Geralmente, eu abasteço com gasolina, mas hoje vou colocar álcool. O meu carro passa muito tempo parado, está compensando mais ou menos. Devido a essa questão, estou indo a pé, de bicicleta ou até de Uber. Acho que vou virar japonesa”, brinca.
O corretor de seguros Waldemir Marques trocou até de modelo de carro para tentar economizar. O antigo veículo dele fazia apenas seis quilômetros com um litro de gasolina.
“Como eu sou corretor de seguros, ando muito e sinto que a gasolina trabalha melhor. Inclusive, mudei de carro. Esse novo faz 13 ou 14 quilômetros com um litro”, contou.
O condutor Augusto Araújo só muda "abandona" a gasolina quando pega a estrada para o interior de Alagoas. “O álcool só é econômico para mim quando eu viajo. Mal tenho saído, mas na cidade, mesmo com todo esse aumento, a gasolina é a minha escolha”, diz.
Os condutores Natália Messias e Wilson Gomes também não mudaram de combustível para abastecer seus carros. Natália acha que a gasolina rende mais, enquanto Wilson diz que não usa álcool por uma questão de preferência. "Para ser bem sincero, não analiso muito”, argumenta.
Postos já vendem menos gasolina
O gerente de um posto de combustíveis, no bairro da Mangabeiras, Luciano Paes, contou ao TNH1 que nos últimos dias tem havido uma procura maior pelo álcool, mas que ainda não supera a gasolina.
Em agosto, no posto onde ele trabalha, foram vendidos 3,17 mil litros de etanol e 15,5 mil litros de gasolina por dia. Este mês, a média diária de etanol subiu para 3,4 mil litros e de gasolina caiu para 13,7 mil litros.
Afinal, qual é o mais econômico?
Para saber quais são as vantagens e desvantagens de cada combustível, o TNH1 ouviu também um especialista que trabalha há mais de 30 anos com o conserto e manutenção de veículos.
Para o mecânico Roosevelt de Oliveira, não existe outra forma de medir o combustível mais vantajoso que não seja abastecer com os dois combustíveis e avaliar o consumo.
“Tudo depende do veículo, do estado de revisão do carro e do combustível. Tenho clientes que abastecem com álcool e se dão bem, outros não”, explica.
O mecânico ressalta, no entanto, que a gasolina possui um grande teor de álcool, o que acaba por diminuir o rendimento do combustível no veículo.
Nos três postos pesquisados durante a reportagem, os preços do álcool ficaram entre R$ 3,25 e R$ 3,41. Já a gasolina teve uma variação de R$ 4,13 a R$ 4,15.
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