Galvão Bueno se emocionou ao falar sobre a morte de Zagallo, com quem construiu uma amizade ao longo de sua carreira como comunicador.
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"Muita dor, muita tristeza. Eu sempre tive um ótimo relacionamento com o Zagallo. Não é aquela amizade de ser ver sempre, mas aquele tipo de amizade que, quando se vê fora do ambiente de trabalho, era uma coisa muito gostosa. E no ambiente de trabalho também. Sempre tive uma admiração gigantesca pelo Zagallo, e o Zagallo sempre teve um respeito muito grande por mim", disse Galvão em participação do programa É de Casa, da TV Globo.
Veja outras falas de Galvão
- Zagallo no futebol: "Ele tinha uma capacidade de fazer as coisas, fazer um bem pro futebol... inigualável. Se nós voltarmos para a Copa de 58, o Zagallo era um ponta esquerda, ele sabia driblar, sabia fazer gols e fez um belíssimo gol na final contra a Suécia. Mas ali em campo ele criou um novo desenho para o futebol mundial: o formiguinha. Ele fazia o papel de atacante, mas preenchia o meio-campo. Isso mudou a história do futebol a ponto do Guardiola, o técnico do momento, já ter dito mais de uma vez: 'meu avô e meu pai falavam como o Zagallo fazia a seleção brasileira jogar. Meu futebol é inspirado naquilo que o Zagallo criou no futebol".
- Zagallo fora das quatro linhas: "Como ser humano era admirável. Ele era ranzinza, mas ele chegava na emoção. Eu fiz uma entrevista em um treinamento na Copa de 98, na França, e ele foi as lagrimas de uma forma, lembrei da vida, das derrotas, das vitórias. Encontrei o Zagallo em um dia desfile da escolas de samba, o filho dele me viu e disse: 'Papai tá aqui e quer falar com você'. Cumprimentei, abracei e choramos juntos".
- Zagallo como técnico: "O Zagallo pegou cinco camisas 10 e botou todos eles na seleção de 70. Ele criou uma seleção, sem nenhum questionamento, o maior time que já foi montado na história de futebol. Do meio pra frente foi como ele conseguiu juntar um monte de camisa 10 e botou todo mundo pra jogar. Zagallo é eterno".
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