O pedreiro Luiz da Conceição da Costa, preso nessa terça-feira (6), em Arapiraca, pelo rapto e estupro de uma menina de sete anos, confessou o crime em depoimento prestado à delegada Teíla Rocha. O homem deu detalhes do sequestro e da violência sexual, e disse que agora se considera um "monstro".
A vítima foi levada pelo criminoso em uma moto no município de Rio Largo, em 21 de janeiro deste ano, e depois foi abandonada em um canavial. Imagens de uma câmera de segurança mostraram o momento do rapto e desde então a polícia estava à procura do principal suspeito. A criança foi encontrada por um casal no bairro Cidade Universitária, em Maceió.
No interrogatório, o homem alegou que não entende porque sequestrou e estuprou a criança. Ele deu um depoimento forte e algumas informações da relação que teve com a menor, que não serão divulgadas pelo TNH1 por considerar o conteúdo sensível.
Veja abaixo o que o pedreiro disse:
- Em um primeiro momento, Luiz explicou o que havia feito durante o dia, antes de encontrar com a criança. Ele disse que, após acordar, foi a uma padaria e, depois a uma chácara, em Rio Largo, junto com a companheira;
- O homem afirmou que voltou para casa por volta das 14h, mas trinta minutos depois, pegou a motocicleta e começou a andar sem destino, passando na casa de um colega de trabalho, com quem conversou por algum tempo;
- Na sequência, o pedreiro destacou que no instante em que retornava para a residência viu a menina e a prima dela andando por uma rua. Ele contou então que chamou as duas e ofereceu uma bicicleta;
- De acordo com Luiz, a prima não aceitou o convite, mas a criança de sete anos subiu na moto e foi em direção a um canavial, onde ocorreu o estupro, já encontrando no local uma lona de plástico e garrafas de água;
- No momento em que detalhou o crime, o estuprador confesso disse que abaixou o short da vítima, que dizia querer ir para casa, e a violentou sexualmente. Neste instante, ele deu declarações fortes sobre a relação;
- O homem contou que não usou preservativo e nem ejaculou, e não observou se a menina apresentou sangramento;
- Após o estupro, segundo conta, ele vestiu a roupa e subiu o short da vítima, que começou a chorar e foi deixada no canavial.
A polícia destacou que, dias após o crime, o homem foi trabalhar normalmente como pedreiro no Conjunto Eustáquio Gomes, parte alta de Maceió, e no município de Marechal Deodoro. Ele permaneceu na cidade da região metropolitana até o dia 27 de janeiro, quando voltou para a capital.
Abaixo você confere como foi a movimentação do criminoso depois da primeira semana como foragido:
- Sábado (27) - Luiz disse que a ex-cunhada entrou em contato para saber se ele tinha visto a foto do suspeito de raptar e abusar sexualmente da criança, que já estava circulando nas redes sociais e meios de comunicação. A mulher disse que o rapaz da imagem parecia com ele;
- Domingo (28) - Diante da situação, o pedreiro voltou a se ausentar de casa e viajou em motocicleta, às 5h da manhã, para Matriz de Camaragibe, onde passou trabalhou durante toda a semana. Ele voltou para Maceió apenas no dia 5 de fevereiro;
- Segunda-feira (5) - Antes de retornar para casa, Luiz passou pela cidade de São Luiz do Quitunde, onde trocou o chip do celular. Ele contou que chegou na capital por volta das 17h, foi ao bairro Benedito Bentes e depois pernoitou em um hotel próximo a um shopping;
- Terça-feira (6) - O pedreiro afirmou que entregou a moto usada no crime a um amigo, pois sabia não poderia mais ser visto com ela. Luiz ainda informou que viajou de van até o município de Arapiraca, onde pretendia arranjar trabalho, mas acabou sendo localizado e preso pela polícia em um bar também usado como pousada.
A Polícia Civil confirmou nesta manhã que o pedreiro teve a prisão decretada e se encontra à disposição da Justiça. Ele se encontra no sistema prisional alagoano.
Uma audiência de custódia vai ser realizada ainda nesta quarta (7). A Justiça pode decidir pela manutenção da prisão dele ou liberá-lo para que ele responda pelo crime sem estar recluso.
