Foguete lançado pela FAB ao espaço: tudo sobre a missão

Publicado em 30/11/2024, às 22h20
Foguete 100% nacional da FAB lançado nesta sexta-feira (29). - Sargento Mônica/FAB
Foguete 100% nacional da FAB lançado nesta sexta-feira (29). - Sargento Mônica/FAB

Por Itatiaia

Na sexta-feira, 29, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou o lançamento de um foguete não tripulado com o objetivo de treinar a equipe e testar equipamentos e processos. A missão, que durou 5 minutos e 50 segundos, foi conduzida a partir do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte, e demonstrou o bom funcionamento dos sistemas de telemetria e radar.

O foguete, modelo VS-30, com 8 metros de comprimento e capacidade para transportar até 330 quilos, levou mais de mil cartas escritas por alunos de escolas públicas e caiu no Oceano Atlântico após completar seu voo suborbital.

De onde saiu voo ao espaço?

A partir do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, em Parnamirim, no Rio Grande do Norte. O veículo, com tecnologia 100% nacional, partiu às 13h19 e ficou no espaço durante 2 minutos e 50 segundos. Em seguida caiu no Oceano Atlântico.

Quanto tempo durou a missão?

A missão completa durou 5 minutos e 50 segundos e encerrou a primeira fase da Operação Potiguar.

Qual a capacidade do foguete?

Trata-se de um foguete de sondagem suborbital, modelo VS-30, com cerca de oito metros de comprimento e peso de 1,5 tonelada na decolagem. O veículo consegue transportar cargas de até 330 quilos. No voo dessa sexta-feira, o foguete levou mais de mil cartas escritas por alunos de escolas públicas.

Em geral, para que esse tipo de veículo é utilizado?

Os veículos suborbitais, embora não atinjam capacidade para entrar em órbita, atingem altitudes que ultrapassam a atmosfera. Eles são utilizados em experimentos científicos e tecnológicos que interessam a diversas indústrias, como a de fármacos, produtos metal mecânicos, alimentos e cosméticos.

Qual o objetivo desse tipo de missão?

Segundo o diretor-geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, a iniciativa busca maior autonomia para o Brasil em eventos de lançamento deste tipo de veículo. “Estamos quebrando paradigmas e criando perspectivas para o futuro. Temos um complexo espacial e, com o lançamento deste foguete, demonstramos que a Barreira do Inferno tem total condição de fazer tais eventos”, disse.

Subordinado ao DCTA, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno já realizou mais de 3 mil lançamentos, em 655 operações, além de 265 eventos de rastreio de veículos espaciais.

Haverá próximas missões?

Na segunda fase da Operação Potiguar, programada para o segundo semestre de 2025, o CLBI vai usar outro foguete de mesmo modelo para qualificar o sistema de recuperação da parte superior do veículo, conhecida como plataforma suborbital de microgravidade (PSM). Essa parte é composta por um compartimento para experimentos e diversos sistemas eletrônicos que interagem com a carga útil.

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