"Fiz greve de fome pra chegar ao dia de hoje", diz pai de Eric Ferraz, durante júri

Publicado em 09/11/2016, às 11h06

Por Redação

Quase cinco anos depois do assassinato do modelo Eric Ferraz, durante uma festa de Réveillon na cidade de Viçosa, interior de Alagoas, o homem acusado de disparar os tiros que mataram o jovem de 24 anos é julgado no Fórum do Barro Duro, em Maceió.

Judarley Leite Oliveira senta nesta quarta (9) no banco dos réus, onde pode ser condenado pelo crime de homicídio qualificado, caso o júri aceite a tese do Ministério Público Estadual.

Para a família, o julgamento é o resultado de uma longa batalha por Justiça. “A gente tem a expectativa de que ele seja punido com pena máxima. A gente está sem dormir, por essa situação desagradável, essa tensão, depois de uma luta imensa... Fiz greve de fome, manifestação com cruzes, tudo isso para chegar ao dia de hoje”, declarou, emocionado, o pai de Eric, Edglemes dos Santos.

De acordo com o promotor de Justiça Antônio Villas Boas, a morte de Eric foi um crime covarde, mas a definição da pena máxima, como espera a família, vai depender do júri e do juiz, John Silas.

“Ceifou-se a vida promissora de um jovem. O réu é confesso e a materialidade do fato está comprovada. O MP espera que a sociedade dê uma resposta eficaz a esse crime e a esse criminoso”, declarou.

Segundo o juiz, serão ouvidas nove testemunhas e o acusado, haverá os debates entre o MP e a defesa, com prazo de 1h30 cada, e a conclusão do julgamento deve ocorrer até as 22h de hoje.

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