O CRB confirmou nesta sexta-feira (15) a contratação do volante Patrik Kaway e do atacante Gustavo Balotelli. Ambos pertencem ao Juazeirense e chegam ao Galo por empréstimo até o final da temporada. Em entrevista coletiva após a derrota para o Náutico na última quinta, pela Copa do Nordeste, o técnico Roberto Fernandes comentou sobre a chegada dos jogadores e analisou a atuação da equipe na partida.
LEIA TAMBÉM
O elenco regatiano se reapresentou, nesta sexta-feira, visando o jogo contra o CEO, domingo no Estádio Rei Pelé.
— CRB (@CRBoficial) 15 de março de 2019
A grande novidade do treino foi a presença dos novos contratados para a temporada 2019: O atacante Balotelli e volante Patrick. pic.twitter.com/brQOVDLY1P
"Prefiro falar de qualquer jogador depois que realmente a coisa estiver concreta. Não me foi passado até o início da partida essa definição. Claro que estou sabendo. Sei do esforço que está sendo feito pela questão do prazo e tudo. Deixa concretizar, que a gente pode acrescentar. Mas a ideia é que possa acrescentar. (Você conhece esses jogadores?) Os dois jogadores me foram apresentados como opções. O atacante, eu vi o material, vem fazendo um Campeonato Baiano muito bom e que chega pronto para jogar. O outro jogador não. Fiquei sabendo após, que foi alguma coisa dentro da negociação", disse o treinador.
Foto: Reprodução / CBF
Reforços
Patrik Kaway Dias Pereira tem 24 anos e atua como volante no meio-campo. O jogador tem 24 anos e, de acordo com o site de estatística O Gol, está no Juazeirense desde 2016. Antes disso, o atleta também passou por Petrolina e Juazeiro.
Já o atacante Gustavo Santos Costa, conhecido como Gustavo Balotelli, tem 22 anos e iniciou a carreira na categoria de base do Bahia. Entre os anos de 2014 e 2018, o jogador teve passagens por Nagoya Grampus e Roasso Kumamoto, do Japão, e Chi Minh City, do Vietnã. Em 2019, Gustavo Balotelli marcou cinco gols em cingo jogos disputados pelo time baiano neste ano.
Foto: Reprodução / CBF
Como os dois atletas defenderam o Juazeirense na Copa do Brasil deste ano, não podem jogar a terceira fase da competição pelo CRB contra o Bahia.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Roberto Fernandes.
Primeira derrota em casa
"Não tem muita coisa para falar. Você falou a primeira derrota da Copa do Nordeste, né? Negativo. Foi a primeira derrota do CRB sob o meu comando em casa. São 13 jogos invictos em casa. E aí acha que nosso time é imbatível? Não, nosso time é batível sim. Estamos em início de temporada, no primeiro processo, foi a minha primeira derrota como treinador do CRB aqui dentro do Rei Pelé. São 13 jogos. Faz quanto tempo que isso não acontece? Então, calma lá, bicho. Vamos ter um pouquinho de bom senso. Acho que cabe bem, porque no futebol hoje não existe time imbatível, muito menos o CRB".
"E um jogo atípico. Por que um jogo atípico? Se você perguntar para qualquer pessoa da imprensa ou para o próprio torcedor, em momento de lucidez, quem são os dois jogadores mais regulares do CRB? Acho que vai ser unanimidade, Mardden e Claudinei. Hoje eles falharam. E falharam num jogo que eu não tinha, infelizmente, um jogador de maior poder de fogo. Nós continuamos sem o Rangel e não tínhamos Zé Carlos. Eu estou improvisando jogador de velocidade como 9. Onde que Maílson jogou de 9? Onde que Barbio jogou de 9? Onde que Sanches jogou de 9? Onde que Danilinho jogou de 9? Nem cacoete tem para isso. Paciência. (Derrota) Aconteceu e pronto".
Rendimento do elenco
"A primeira coisa: esse grupo pode ter todos os defeitos do mundo, mas eles (jogadores) são extremamente dedicados. Treinam no limite deles. Precisamos buscar nesse momento, aonde é muito difícil a situação de contratações, recuperar alguns jogadores para os jogos decisivos. Que é o caso do Rangel, recuperar a melhor forma do Maílson. Todo torcedor conhece o Maílson melhor do que eu, porque o Maílson já jogou aqui. E eu pergunto: ele está na melhor fase? Então, cara, é processo. E tem que saber perder. Porque ninguém se incomoda mais com a derrota do que eu. Ninguém luta pela vitória mais do que eu. Agora, volto a dizer, não existe equipe imbatível".
"E se a gente fizer um exercício de reflexão, os melhores momentos da equipe na partida, se pode dizer que houve melhores momentos, mas os momentos de melhor lampejo foram quando a torcida jogou junto. Nós temos muitos jogadores que estão chegando agora, que não passaram por esse tipo de pressão antes, jogadores mais jovens. O elenco do ano passado era muito mais cascudo, se incomodava muito menos com cobrança. São coisas que a gente precisa ponderar. O torcedor, claro, vem para o estádio e quer ver o time ganhar. Mas se joga contra, isso se torna mais difícil. A cobrança tem que existir, mas ela tem que ter um momento também de apoio. E isso a gente viu muito notadamente. Quando tomamos o primeiro gol, a equipe se desencontrou em campo. E quando a torcida perdeu a paciência, que está no direito dela, piorou ainda. É um jogo aonde uma hora ia acontecer. Um jogo onde as coisas não funcionaram. Erramos na defesa e a mesma dificuldade que encontramos em outras partidas na finalização. Estamos trabalhando. Vamos procurar recuperar a melhor fase de cada um desses atletas".
Críticas e ansiedade
"Como você bem falou, o CRB hoje depende dele para terminar o Campeonato Alagoano em primeiro lugar. Mas já estamos classificados com uma rodada de antecedência. Estamos dentro da classificação na Copa do Nordeste e estamos na terceira fase da Copa do Brasil. Não temos supertime e a Série B só começa de abril para maio, e são 38 rodadas, oito meses de competição. Não pense que vai subir na primeira rodada, não. Essa ansiedade, esse efeito que a gente sabe bem qual é, é natural, mas não contribui em nada".
Finalizações
"Pela posição da equipe nas três competições que está, não tem muito que ter preocupação com emocional. O que nós precisamos ter preocupação é de corrigir algumas coisas que não vinham acontecendo e hoje aconteceram. E tentar passar nesse momento tranquilidade aos atacantes, porque não é mais falta de treinamento. Se eu treinar mais, vai estourar tudo. Se eu treinar mais finalizações, mais trabalhos que a gente faz de finalização, os caras não vão ter perna para correr no jogo".
"É passar tranquilidade e ter a calma de tomar a decisão certa no momento de uma finalização, de um último passe. E como falei anteriormente, recuperar alguns jogadores. Hoje, num jogo desse, que todo mundo gostaria da vitória, é o que eu falei: não contei com o Rangel e nem com o Zé Carlos, dois especialistas de área. Veja quantas vezes a bola chegou dentro da área e, na falta de um especialista, a gente desperdiçou a oportunidade".
LEIA MAIS
+Lidas