Um caso de febre do Oropouche, registrado fora da região Norte do Brasil, em um homem de 42 anos, após recente viagem ao Amazonas, acendeu o alerta para mais uma arbovirose transmitida por mosquito. O Hospital Escola Dr. Helvio Auto, unidade assistencial da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), dispõe de um serviço ambulatorial especializado em atender usuários que vão realizar ou já fizeram alguma viagem para áreas de risco no Brasil e para qualquer viagem internacional.
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Sem registro em Alagoas, a febre do Oropouche é uma doença endêmica do Norte do país, com sistêmicos surtos em diversos estados daquela região. Transmitida mais comumente pelo maruim, em seu ciclo urbano, pode ser transmitida ainda pelo pernilongo (muriçoca) e apresenta sintomas muito parecidos com os da dengue e chikungunya, como dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.
É importante salientar que qualquer pessoa que tenha feito viagem recente para a região Norte do Brasil e apresentar depois estes sintomas, deve procurar um serviço de saúde e relatar o que está sentindo.
“No momento da consulta é importante o paciente falar todo o histórico de viagem, mesmo que não ache necessário. Essas informações são imprescindíveis para a investigação do possível diagnóstico pelo médico e, se necessário, pelos profissionais de vigilância em saúde”, explicou o infectologista do Hospital Helvio Auto, Fernando Maia.
A orientação de um serviço como o Ambulatório de Medicina do Viajante, nestes casos de doenças endêmicas, é essencial. Algumas viagens domésticas e todas as viagens internacionais precisam de orientação médica especializada. Alguns países exigem, inclusive, um certificado de saúde para permitir a entrada de estrangeiros em seus territórios.
O ambulatório é destinado a quem vai viajar, como também, para quem voltou de alguma viagem e começou a apresentar algum sintoma que tenha relação com o período que passou fora.
Os procedimentos que podem ser feitos no ambulatório do Helvio Auto são o direcionamento para emissão de certificado de saúde para viagem; orientações sobre prevenção de doenças transmissíveis em áreas de risco; orientações para evitar trombose em voos longos; detalhes sobre alimentação e consumo de água; emissão de receita para uso de medicação contínua durante o período da viagem; como deve ser feito o transporte de medicamentos na bagagem, para que não tenha problema nos aeroportos; solicitação de vacinas necessárias; exames de sequenciamento de algumas doenças contagiosas, entre outros. Dependendo do destino e do tipo de transporte da viagem, os procedimentos podem mudar.
Para marcar uma consulta, o usuário pode ir até o SAE, na Rua Cônego Lyra, s/n, no Trapiche da Barra, ou ligar para 3315-3244 e informar que quer marcar uma consulta para o Ambulatório de Medicina do Viajante. Para viagens domésticas só é necessário realizar consulta se for para áreas consideradas de risco, já em viagens internacionais, normalmente cabe uma avaliação.
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