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Fazendo política em São Paulo há 40 anos, alagoano opina sobre a eleição na capital paulista: “Não vai ter Boulos”

Em 24 de Outubro de 2024 às 07:30

No próximo domingo, 27, ocorre a disputa do segundo turno pela Prefeitura de São Paulo, que continua atraindo a atenção dos brasileiros, pela importância que a cidade tem – é a maior metrópole do Brasil e da América Latina,.

Durante quase toda a campanha do primeiro turno as pesquisas indicavam um empate técnico entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição, e os concorrentes Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) – ao final, Marçal ficou fora do 2o turno.

Vivendo há cerca de 40 anos em São Paulo, o jornalista, escritor e ex-ministro alagoano Aldo Rebelo, ex-vereador por São Paulo e ex-presidente da Câmara dos Deputados, foi secretário de Relações Institucionais de Ricardo Nunes e chegou a ser cogitado para candidato a vice da sua chapa.

Nesta semana ele está usando um vídeo nas redes sociais fazendo advertência ao eleitor paulistano em relação a Guilherme Boulos.

Diz Aldo Rebelo, sobre mensagem que Boulos tem divulgado à população de São Paulo:

“… Cheia de arrependimento, dizendo que as pessoas se assustam com a trajetória dele e que agora ele está disposto ao diálogo. Eu acho que esse arrependimento é falso e acho que as pessoas têm razão em se assustar com a trajetória do Boulos.

Eu era o ministro do Esporte em 2014, encarregado de organizar a Copa do Mundo no Brasil. É o maior evento do planeta, a abertura seria na cidade de São Paulo. Os bares, restaurantes, o setor de turismo…, todos estavam se preparando para receber a abertura da Copa em São Paulo.

O Brasil receberia centenas de milhares de turistas, 20 mil jornalistas estrangeiros credenciados., chefes de Estado de todo o mundo vieram ao Brasil durante a Copa do Mundo… O Brasil tinha a enorme responsabilidade de receber com segurança e mobilidade, e acolher essas pessoas.

Pois bem, o que é que o Boulos fez na época? O Boulos organizou o movimento “Não vai ter Copa”. Ou seja, se dependesse do Boulos não teria a abertura da Copa do Mundo em São Paulo. E o Boulos, imagine, se tivesse uma responsabilidade maior era a responsabilidade para inviabilizar esse evento no Brasil.

Isso não tem cabimento. Uma pessoa dessa não pode administrar a cidade de São Paulo, não tem condições, não tem maturidade, não tem responsabilidade. Na época eu falei para a presidente Dilma que esse tipo de gente tem de ser tratada com policia, sem a polícia não tem como enfrentar essas pessoas, não querem diálogo.

…Era objetivo deles inclusive ocupar o metrô no dia da abertura da Copa. E agora vem Boulos querendo administrar São Paulo. Com que responsabilidade?  Com que espírito público? Com que tolerância? Com que disposição para o diálogo?

São Paulo é uma cidade heterogênea, de múltiplos interesses, de todo mundo, de grandes empresários, dos pobres, da periferia, do Centro. Todo mundo tem interesse em São Paulo e a administração tem de cuidar de todos os interesses de São Paulo.

… Você fez um movimento para não ter Copa, Boulos. Sabe como São Paulo responde? Não vai ter Boulos.”.

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