Durante entrevista à CNN Brasil o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), considerou “grave” a informação, tornada pública, de que a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) monitorou, de forma ilegal, diversas autoridades durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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O próprio Lira está dentre as pessoas monitoradas ilegalmente no governo passado, de acordo com o que apurou a Polícia Federal. “Tivemos acesso a informações, como todo brasileiro teve. Há muita conversa e versão. Os fatos não são suaves e brandos, são graves”, disse o presidente da Câmara.
Lira, no entanto, comparou a situação do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) – que era o chefe da agência na época em que os monitoramentos aconteceram, – à do também deputado federal André Janones (Avante-MG):
“Nenhum fato anterior ao da legislatura pode ser julgado no Conselho de Ética. Foi assim no caso do deputado Janones. Ele foi absolvido no Conselho porque, se aconteceu ou não (a acusação feita contra Janones), foi anterior ao mandato. A gente tem que ter cuidado com o que preconiza nosso regimento”.
Janones foi absolvido de um processo no Conselho de Ética por suposta rachadinha no gabinete dele porque o relator do seu caso, deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), propôs o arquivamento da denúncia alegando que o episódio ocorreu antes do exercício do atual mandato do parlamentar do Avante de Minas Gerais.
Situação semelhante à de Ramagem, também processado no Conselho de Ética.
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