A defesa da família do empresário Marcelo Leite, que morreu após ter sido atingido por um tiro de fuzil durante uma abordagem policial, em Arapiraca, no dia 14 de novembro de 2022, entrou com um pedido de prisão preventiva contra o PM Jilfran Santos Batista. Jilfran e outros dois policiais foram denunciados pelo Ministério Público de Alagoas e são réus pela morte do empresário.
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No pedido, protocolado nesta segunda-feira, 13, na 5ª Vara Criminal da Comarca de Arapiraca, a defesa do empresário cita que Jilfran Santos, que responde por homicídio, estaria descumprindo as medidas cautelares impostas pela Justiça. As medidas haviam sido determinadas ao policial após o Ministério Público também representar pela prisão preventiva dele, porém o pedido de prisão havia sido negado pela 5ª Vara Criminal de Arapiraca.
"O réu Sr. Jilfran descumpriu a determinação do recolhimento domiciliar noturno, das 22h00min às 05h00min, bem como violou a proibição de frequentar bares, boates, shows ou locais com uso de bebidas alcoólicas e aglomeração de pessoas. Conforme é possível verificar através das imagens e vídeos em anexo, o Sr. Jilfran participou de eventos, festas juninas e shows com aglomeração de pessoas, desrespeitando assim a determinação judicial. Além disso, esteve fora de sua residência em horário de determinação de recolhimento domiciliar, conforme estabelecido nas medidas cautelares, para comparecer à festejas", cita os advogados.
A defesa do empresário destacou que nenhum dos eventos frequentados por Jilfran Santos lugares tem relação com o exercício da função de Policial Militar e ainda cita que a violação das medidas cautelares foi comprovada por fotos publicadas nas redes sociais.
A reportagem do TNH1 entrou em contato com a defesa de Jilfran Santos, e aguarda posicionamento.
A morte de Marcelo Leite - O empresário Marcelo Leite foi atingido por um tiro de fuzil durante uma abordagem policial na cidade de Arapiraca no dia 14 de novembro do ano passado. O disparo foi efetuado por um militar do 3º Batalhão da PM. Marcelo morreu no dia 05 de dezembro, em um hospital em São Paulo para onde foi transferido.
Três policiais foram denunciados pelo Ministério Público e viraram réus pela morte do empresário. O PM Jilfran Santos Batista responde por homicídio, enquanto os policiais Ariel Oliveira Santos Neto e Gustavo Angelino Ventura respondem por fraude processual.
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