O patrimônio da família Cunha teve um aumento de R$ 1,8 milhão entre 2011 e 2014, valor considerado incompatível com o rendimento do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e seus familiares, segundo a Receita Federal.
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Um documento do órgão público considera o aumento patrimonial do parlamentar, de sua mulher, Cláudia Cruz, e sua filha Danielle Dytz da Cunha, como “indício de variação patrimonial a descoberto”, ou seja, um crescimento incompatível com a renda deles.
Não há detalhes do que causou este aumento patrimonial. Cunha recebe como presidente da Câmara dos Deputados um salário bruto mensal de R$ 33,7 mil, mas ele e sua mulher também são sócios de empresas de comunicação. As informações foram publicadas na edição desta quinta-feira (7) do jornal Folha de São Paulo.
As investigações são feitas a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) no âmbito da Lava Jato, já que Cunha e seus familiares são investigados no STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeita de manterem contas secretas no exterior abastecidas com recursos desviados da Petrobras.
Por meio de sua assessoria, Cunha afirmou que não possui patrimônio oculto, e que desconhece o relatório da Receita Federal. Cunha ainda disse que, se houver o relatório, este deveria estar sob sigilo.