Família adota mulher de 35 anos pensando que era menino de 13

Publicado em 03/12/2015, às 17h32
Imagem Família adota mulher de 35 anos pensando que era menino de 13

Por Redação

Mulher se fez passar por um garoto (Crédito: Reprodução)

Mulher se fez passar por um garoto (Crédito: Reprodução)

Uma mulher que tinha um distúrbio que a fazia parecer com uma adolescente manipulou duas irmãs e as ajudou a cometer o pior caso de violência infantil da Tchecoslováquia.

Barbora Skrlová, quando tinha 33 anos, possuía uma doença glandular que lhe dava uma aparência de adolescente. Na faculdade ela usava de sua condição para se passar por mais jovem.

No ano de 2007, na cidade de Kurim, durante os estudos, a mulher se tornou amiga de outra jovem, chamada Katerina Mauerova, que vivia junto com a irmã, Klara e os dois filhos pequenos desta: Ondrej e Jakub.


Barbora Skrlová, mulher que possuía distúrbio que a fazia ter aparência de adolescente, manipulou irmãs e as ajudou a cometer pior caso de violência infantil da Tchecoslováquia.


Ambas imaginavam que estavam designadas a cumprirem uma missão de Deus e Barbora, que possuía distúrbios psicológicos e era violenta, escapou durante uma de suas internações de tratamento, indo morar com elas.

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A mulher influenciou as irmãs negativamente, ajudando a aflorar sua personalidade. As três passaram a fazer parte do “Movimento Graal”, que acreditava que as pessoas poderiam chegar ao paraíso fazendo coisas boas na Terra. No entanto, para o mesmo grupo, seus integrantes estavam livres de tabus na sociedade e também de confissões.

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Com o passar do tempo, Barbora demonstrava uma dupla personalidade e às vezes era adulta, às vezes criança. Quando usando o lado infantil, ela mostrava ciúmes de Klara com as filhas e manipulando a situação fez com que a mulher passasse a acreditar que as crianças eram culpadas por coisas erradas que ocorriam.

Katerina e Klara

Katerina e Klara


Imaginando que os filhos estariam cada vez piores, a mulher pediu conselhos à amiga manipuladora, que a disse para colocar as crianças dentro de uma jaula de ferro.

As três amigas mulheres passaram a alimentar os filhos de Klara pelas grades e não permitiam saírem dali nem mesmo para ir ao banheiro. As crianças acabaram sem roupas para usar.

Klara e Barbora

Klara e Barbora


Sob as ordens da protagonista da história real, as irmãs passaram a cometer crueldades ainda maiores: estrangulavam, queimavam com cigarro nos braços e pernas, davam choques e até mesmo submetiam as crianças a sessões de afogamento.

Certa vez as irmãs e a amiga se dirigiram à jaula e lá a mães das crianças pediram que Ondrej colocasse a perna entre as barras, para fora. A mãe e Barbora começaram a cortar a perna do menino, que obviamente gritava de dor, e após retirarem diversos pedaços, as três os comeram ali mesmo.

Klara e os filhos Ondrej e Jakub

Klara e os filhos Ondrej e Jakub


Quase um mês depois elas fizeram o mesmo com Jakub, mas com o braço. A manipuladora resolveu comparar uma câmera em fio para controlar ainda mais as crianças.

Na mesma época, um casal que havia se mudado para a casa vizinha instalou uma câmera semelhante para cuidar de seu bebê. Inesperadamente, um dia a imagem que apareceu para eles foi à das crianças da casa ao lado.

Depois de alguns dias, o homem entendeu que as imagens eram oriundas de uma interceptação do sistema da casa ao lado e chamou a polícia.

Quando as autoridades invadiram o local, se depararam com Jakub e Ondrej presos, um forte de cheiro de fezes, urina, sangue, uma das crianças desmaiadas e a outra em estado de choque, além de estarem muito machucadas.

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Perto da jaula estava uma “criança”, que contou se chamar Anika, ter 12 anos e ser filha adotiva de Klara. Os oficiais, então, prenderam as irmãs.

A garota que se dizia adotiva era, no entanto, Barbora, que, aproveitando-se de um momento de distração dos policiais, fugiu. Ela foi para a Noruega e assumiu outra identidade: Adam, um menino de 13 anos.

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Acreditando em sua história, uma família a adotou, e “ele” voltou a frequentar uma escola. Um ano depois a polícia encontrou e prendeu Barbora. Foi aí que a família adotiva descobriu a verdade.

Aos 35 anos ela foi levada de volta para a República Checa e julgada junto das irmãs. Estas alegaram que sofreram uma lavagem cerebral por parte de Barbora.

As crianças vivem com as avós maternas e o caso ficou conhecido como “caso Mauerova”, o pior de abuso infantil da história do país.


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