Oito anos após o início de sua construção, quando o prefeito era José Pedrosa (falecido em 2008), o Complexo Multialimentar José Cícero Lopes da Silva finalmente será realidade para centenas de famílias carentes do município.
De início, segundo Nildo Calixto, secretário Municipal de Assistência Social, serão produzidos, diariamente, 500 litros de alimentos. A "fábrica da sopa", como é chamada na cidade, contemplará neste primeiro momento 500 famílias residentes nos bairros Roberto Correia de Araújo, Mutirão e Vaqueijada. “Tenho certeza que esse complexo alimentar vai contribuir para uma melhor qualidade de vida para as famílias atendidas. Muitas delas que estão em situação de risco. O prefeito Eduardo Pedrosa já solicitou audiência com o governador Renan Filho para que o Estado contribua com recursos do Fecoep (Fundo Estadual de Combate à Pobreza de Alagoas) e, assim, mais famílias sejam atendidas.
8 anos de espera
Para o prefeito Eduardo Pedrosa, a inauguração será um marco em seu curto governo. “Meu irmão, Zé Pedrosa, sonhava com essa fábrica atendendo a população mais carente de União, infelizmente não foi possível. O prefeito que o sucedeu meu irmão, o Kil de Freitas, não honrou o sonho do meu irmão. O prefeito Beto Baía, que está afastado pela Justiça, até que prometeu, porque era um pedido meu, mas ficou na promessa. Agora o sonho de José Pedrosa será realidade para centenas de palmarinos”, disse o prefeito, que está no exercício do mandato por força de uma liminar, que afastou Beto Baía, sob a acusação de uma série de irregularidades.
Prefeito afastado
No dia 22 de outubro, por decisão do juiz Yulli Roter, o prefeito Beto Baía (PSD) foi afastado por 180 dias, acusado de uma série de irregularidades e improbidade administrativa. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), ele está envolvido num esquema de fraude à licitação que gerou um prejuízo de R$ 9.432.553,74 aos cofres do município. O processo também atinge outras quatro pessoas e duas empresas.
Pelas denúncias do promotor Vinícius Calheiros, Beto Baía, Adelino Ângelo da Silva (secretário de Educação), Ricardo Praxedes (ex-secretário de Educação), e Renato Brandão Araújo Filho fraudaram procedimentos licitatórios, falsificaram documentos, superfaturaram os preços dos serviços. Também consta na denúncia que o munípcio pagou por serviços que jamais foram prestados.
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