O portal UOL é um dos veículos de comunicação em nível nacional que têm dado destaque à apuração do desastre ambiental que se abate sobre Maceió há quase seis anos e que se acentuou no decorrer desta semana.
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Um dos textos recentes explica detalhes sobre a Braskem e o funcionamento das minas de sal-gema na área urbana da cidade, que causou o afundamento do solo em cinco bairros, num caso que chama a atenção do país pela imprevisibilidade do que pode acontecer.
“A Braskem é uma empresa de atuação global com unidades no Brasil, Estados Unidos, Alemanha e México. É controlada pela Novonor (ex-Odebrecht) e tem ainda a Petrobras com parte das ações. A companhia mantém atividades de mineração sob a superfície de Maceió desde a década de 1970 – antes de se chamar Braskem, a indústria responsável pelas atividades era a Salgema Indústrias Químicas S/A.
A extração feita no subsolo de Maceió é de sal-gema, cloreto de sódio acompanhado de outras substâncias e utilizado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila.
O sistema usado pela empresa para explorar as minas era feito da seguinte maneira: um poço era cavado, então a água era injetada para a camada de sal, gerando assim uma salmoura. A solução era retirada das minas para a superfície. Por fim, os poços cavados eram preenchidos para dar estabilidade ao solo.
Porém, parte dessas minas teve vazamento do líquido ao longo desses mais de 40 anos de exploração – o que causou instabilidade no solo, gerando buracos. Ao todo são 35 minas na área urbana da cidade – elas estão sendo preenchidas novamente.
Em março de 2018, um tremor de terra foi sentido na cidade. O evento causou o afundamento do solo em cinco bairros: Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e em uma parte do Farol. Cerca de 60 mil moradores deixaram a área na época. A Braskem, responsável pelo problema, passou a indenizar os moradores. No total, mais de 200 mil pessoas foram afetadas pelo desastre. Os tremores sentidos seriam justamente a acomodação do solo diante dessa instabilidade causada pelos vazamentos.
A Braskem encerrou a extração de sal-gema em maio de 2019 na região. As 35 minas da companhia começaram a ser fechadas em 2019, depois que a empresa foi responsabilizada pelo surgimento das rachaduras em casas e ruas de alguns bairros de Maceió no ano anterior…”
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