Expulsão de sargentos presos por desvio de ticket alimentação vai ser avaliada pela PM

A Polícia Militar de Alagoas criou uma comissão para avaliar se os sargentos investigados por desvios de ticket alimentação continuam ou não no quadro da corporação. Juntamente à uma escrivã da Polícia Civil, os dois militares foram presos na Operação Oplatek, realizada na última terça-feira (25).

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A PM confirmou, em nota, que a comissão foi oficializada em publicação no boletim geral ostensivo do último dia 27. "A Polícia Militar de Alagoas informa que foi publicado procedimento de Conselho de Disciplina, mediante Portaria Nº 1263/2024-CD-CG/CORREG), no Boletim Geral Ostensivo n.º 118, de 27 de Junho de 2024. Três Oficiais foram nomeados para compor o Conselho, que tem o objetivo de avaliar as condições de permanência dos militares na Corporação. As partes serão ouvidas, atentando para o contraditório e a ampla defesa a fim de garantir o devido processo legal".

O desvio de verbas aconteceu durante uma década, entre 2014 e 2024, o que totalizou R$ 7,5 milhões em prejuízos aos cofres públicos. Os militares envolvidos são familiares da escrivã, sendo marido e irmão. Eles vão responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e inserção de dados falsos em sistema de informação. Juntas, as penas podem ultrapassar 44 anos de prisão.

A família reside em Maceió e Colônia Leopoldina, e ostentava uma vida de luxo. Durante a operação, foram apreendidos quatro veículos Jeeps, o que levou a aproximadamente um milhão de reais só em automóveis, além de joias. Com o avançar da investigação, a Polícia Civil vai pedir o bloqueio total dos bens dos envolvidos.