Com a chegada do fim do ano e o depósito do 13º salário, além dos típicos presentes de Natal, muitas pessoas aproveitam o período para fazer viagens, reformar a casa ou adquirir algum bem. Na lista de aquisições também estão os carros. Em uma concessionária e revenda de Venâncio Aires a expectativa é de que haja crescimento na venda e na troca de automóveis nesta reta final do ano.
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O gerente comercial da concessionária, Márcio Cristiano Bennemann, explica que esse aumento deve ocorrer devido à recuperação da economia e aos novos lançamentos da marca. "Nossa expectativa é de 3 % de aumento. Muito pequeno, mas significativo", comenta Bennemann. Ele ainda observa que, em relação ao ano passado, a empresa também espera que as vendas sejam maiores. "Fatores como redução de juros, novos produtos e a recuperação do crédito pelo consumidor devem representar em torno de 10% a mais em vendas neste fim de ano", acrescenta.
O vendedor de uma revenda de Venâncio, Jefferson Luciano Giehl, relata que, na loja onde trabalha, a expectativa é de que as vendas no fim deste ano cresçam cerca de 15% . "Se formos positivos, podemos dizer que chega até 20%", observa. Para Giehl, os principais fatores que motivam este aumento é o desejo dos consumidores em trocar de veículo para viagens, tendo em vista o período de férias que se aproxima e, também, a redução nas taxas de juros. "O grande atrativo mesmo é a taxa de juros que reduziu", destaca. Ele observa, ainda, que para alguns veículos a parcela já reduziu mais de R$ 100. Em relação a 2016, as vendas e trocas já estão sendo melhores na loja. "O último mês já foi melhor e novembro já cresceu 10% em relação ao ano passado", acrescenta.
Procura maior por seminovos
De acordo com o gerente da concessionária, Márcio Bennemann, normalmente nos meses de novembro e dezembro é possível perceber que os consumidores - pessoa física - estão mais inclinados para a troca de carro. Quanto à escolha entre um carro novo ou seminovo, Márcio Bennemann salienta que os seminovos estão mais em evidência no momento, no entanto, a procura média é de 50% para cada categoria.
No caso da revenda do município, a procura pelos seminovos também é maior. O vendedor Jefferson Giehl acredita que isso aconteça pelo fato de muitas pessoas acharem ser mais vantajoso adquirir um carro seminovo completo a um carro popular novo.
Para o fim do ano, tanto a concessionária, quanto a revenda, preparam ofertas especiais para estimular as vendas. No caso da concessionária, sempre no fim do ano existem bônus especiais, taxas de financiamento diferenciadas e emplacamentos grátis, dependendo também do modelo escolhido pelo consumidor e das estratégias da concessionária e da montadora parceira.
Na revenda, o vendedor Jefferson Giehl comenta que são preparadas promoções especiais para o mês de novembro, como bônus, prêmios e, em alguns casos, o emplacamento grátis para carros novos. Além disso, a empresa opta por trabalhar com horário estendido. "Tentamos proporcionar vários benefícios aos clientes", finaliza.
13º salário
O gerente comercial da concessionária comenta que o 13º salário, que deve ser pago até o dia 20 de dezembro, não impacta na venda de carros, mas sim, na procura pelas revisões nos veículos. "De novembro a fevereiro, aumentam em 20 % as revisões em função de 13º e férias", explica. Para a revenda ouvida pela reportagem, o pagamento da gratificação natalina é um facilitador para o cliente pagar a entrada na hora da negociação do veículo.
Dicas
Para auxiliar os consumidores a comprarem um carro novo ou trocar o veículo, o economista Carlos Giasson elencou algumas dicas importantes:
- Evitar se endividar demais para adquirir um carro novo;
- Sempre avaliar bem o que há disponível no mercado e as linhas de financiamento;
- Buscar linhas de financiamento que oferecem juros menores. Neste caso, o economista indica que o consumidor conheça a proposta da concessionária ou revenda e confira junto ao banco, no qual é cliente, se há uma proposta mais barata de financiamento.
- Evitar comprometer uma parcela muito grande da renda com o financiamento. "Querendo ou não esse tipo de compromisso é de prazo mais longo e não temos certeza do futuro da economia. Então, é interessante a pessoa não comprometer mais do que de 20% a 35% da renda com a prestação de um carro", observa Giasson. Ele ainda comenta que esse cuidado é importante, porque o carro é um bem que também gera outras despesas muitas vezes não colocadas no papel na hora da compra, como o pagamento de impostos, revisões e combustível.
- Na troca, a pessoa precisa buscar alguém que valorize bem o seu veículo. Por isso ele destaca que vale a pena procurar com atenção as opções que existem no mercado. "A gente está num momento de reaquecimento, mas ainda não está tão tranquilo o mercado. Então, se a pessoa pesquisar bem, e em várias concessionárias e revendas, é bem provável que consiga negociar, não aceitar o primeiro preço, buscar um acessório, uma vantagem a mais ou um desconto de última hora", finaliza.
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