Um executivo de uma empresa da área de Saúde baseada no condado de Nassau (estado de Nova York, EUA), que é casado, abusou de pelo menos 11 adolescentes a fim de produzir material pornográfico ao longo de um período de quatro anos.
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Jacob Walden, de 38 anos, foi indiciado na quarta-feira (22/1) no caso de duas adolescentes, de 16 e 17 anos, que ele pressionou para criar vídeos e fotos sexualmente explícitos. De acordo com a Promotoria, Jacob ordenou que as menores o chamassem de "papai" e fez pagamentos em troca do conteúdo. Os outros casos ainda estão pendentes.
Agentes federais recuperaram as imagens perturbadoras do celular de Jacob, que tem cinco filhos, em abril passado e identificaram pelo menos 11 adolescentes — a mais nova tem 14 anos — que ele contatou, coagiu a enviar conteúdo inapropriado e pagou, de acordo com documentos judiciais.
Em setembro, a investigação chegou às duas menores de 16 e 17 anos.
"O réu induziu menores a produzirem fotos e vídeos sexualmente explícitos de si mesmas e enviá-los a ele pela internet em troca de pagamento", declarou John J. Durham, conselheiro especial do Departamento de Justiça dos EUA. "Proteger crianças de predadores que as exploram sexualmente sempre será uma prioridade do meu Gabinete", acrescentou.
Investigadores descobriram que Jacob comprou pelo menos 500 imagens e 5.000 vídeos retratando estupro, bestialidade e abuso de crianças de uma rede de produção e distribuição em larga escala que anunciava para compradores adultos do sexo masculino nos EUA e no exterior, de acordo com documentos judiciais do caso.
A Promotoria informou que pelo menos 20.500 arquivos de pornografia infantil foram encontrados no armazenamento em nuvem do executivo.
Jacob, que é coproprietário e sócio-gerente da Emerald Healthcare, uma empresa que administra instalações de enfermagem e de assistência a idosos residentes em asilo em todo o país, manteve contato com as crianças vítimas entre 2020 e 2024.
O executivo foi preso em 31 de julho de 2024 e foi mantido em prisão domiciliar na sua residência de US$ 2 milhões (R$ 12 milhões) em Valley Stream, sem acesso a dispositivos eletrônicos. Porém, após violar as condições impostas pela Justiça, após ir a uma loja da Verizon e oferecer dinheiro por sexo com uma mulher pelo WhatsApp, Jacob acabou sendo levado para uma prisão na cidade de Nova York.
O americano tem sido apoiado pela família e amigos, de acordo com o "NY Post". Membros da comunidade cristã ortodoxa, da qual a família faz parte, pediram "clemência e compaixão".
"Ele tem cinco filhos e uma esposa, que está presente. Eles o apoiam mesmo diante das acusações", afirmou Benjamin Baufman, o advogado de defesa, que alega que o comportamento compulsivo do cliente é decorrente de "abusos sexuais sofridos por ele na infância".