Exame toxicológico deve confirmar suposta coxinha envenenada em morte de professora

Publicado em 10/10/2024, às 13h21
Equipe o IC de Arapiraca esteve na casa da vítima para coletar vestígios | Ascom Polícia Científica
Equipe o IC de Arapiraca esteve na casa da vítima para coletar vestígios | Ascom Polícia Científica

Por Ascom Polícia Científica

A Polícia Científica de Alagoas esclareceu na manhã desta quinta-feira (10) os procedimentos que órgão adotou sobre um suposto caso de feminicídio ocorrido no município de São Brás. Exames periciais realizados no local, IML e no Laboratório Forense poderão confirmar a causa da morte da professora Joice dos Santos Silva Cirino de 36 anos. A suspeita é que ela tenha comido uma coxinha supostamente envenenada. 

Os trabalhos foram iniciados com o acionamento da equipe do Instituto de Criminalística do Agreste (ICA), por volta das 8h desta quarta-feira (09), para atuar em local no qual havia suspeita de morte por envenenamento. Os exames periciais objetivaram esclarecer o ocorrido a partir da perícia na residência da vítima.

Além do levantamento fotográfico e análise do ambiente, foram coletados elementos materiais para verificar a presença de substância tóxica ou veneno em sobras de alimento (líquido) encontrado no imóvel. Também foram coletadas amostras de material biológico e vestígios papiloscópicos, que serão processados nos laboratórios de Química Forense, Genética Forense e Microvestígios do Instituto de Criminalística Perito Dely Ferreira da Silva, em Maceió.

A perita criminal Isadora Davi, responsável pelos exames, explicou ainda que esses materiais seguirão à disposição das autoridades competentes para auxiliar na elucidação dos fatos. Mas destacou que o exame foi realizado sem a presença do corpo da vítima no local, tendo em vista que a professora chegou a ser socorrida para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de um município vizinho, onde entrou em óbito.

“Em casos como esse, de suspeita de envenenamento, é importante identificar a substância responsável pela intoxicação ou envenenamento, que pode estar em sobras de alimentos (sólidos e líquidos), e que os exames periciais também são realizados a partir de amostras coletadas na vítima, no Instituto de Medicina Legal, e analisadas no Laboratório de Toxicologia Forense”, explicou Isadora Davi.

Enquanto a equipe do ICA atuava na residência da professora, o corpo dela foi recolhido na UPA de Porto Real do Colégio por uma equipe do IML de Arapiraca. O médico legista confirmou que no exame de necropsia foi coletado material para exame toxicológico e que essas amostras também serão encaminhadas para análise no Laboratório de Química e Toxicologia da Polícia Científica.

Exame Toxicológico - A chefia do Laboratório Forense informou que as amostras coletadas, tanto pelo IC como pelo IML de Arapiraca, estão sendo preparadas para serem encaminhadas para análise na unidade. A previsão informada pelo chefe do laboratório, perito criminal Thalmanny Goulart, é que até o próximo dia 18 de outubro o laboratório dará a resposta ao caso do ponto de vista do exame toxicológico.

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