Ex-presidente da Ferrari alerta: notícias sobre Schumacher não são boas

Publicado em 04/02/2016, às 23h31

Por Redação

O drama de saúde de Michael Schumacher, que já dura mais de dois anos, parece se complicar a cada dia. As novas notícias sobre o estado do campeão vieram das palavras do ex-chefe da Ferrari, Luca di Montezemolo.

Segundo Montezemolo, a situação do piloto não é das melhores. "Sobre Schumacher? Sigo me informando, mas as notícias que me chegam não são boas. Michael foi um grandíssimo piloto, com quem tive uma larga relação pessoal e profissional. Mas a vida é estranha", comentou.

No início do ano uma confusão envolvendo Corina Schumacher tomou conta dos noticiários. Wili Weber foi o agente que representou o piloto por mais de 20 anos e agora está acusando a mulher de Schumi por proibi-lo de visitar o alemão. Em entrevista ao jornal Bild, ele desabafou em relação ao caso.

— Corinna me impede qualquer contato com Michael. Tentei dezenas de vezes falar com ela para conseguir uma permissão para visitar meu amigo, mas ela nunca deixou. Antes do acidente [em 2013], o meu relacionamento com ele sempre foi ótimo. Duas semanas antes do acidente, estivemos juntos e fizemos planos que, infelizmente, não fomos capazes de realizar. Entendo a dificuldade da situação, mas ela é terrível para mim também. Nossas famílias foram próximas por 25 anos e agora ninguém entende.

Tudo mudou na vida do alemão Michael Schumacher há exatos dois anos. No dia 29 de dezembro de 2013, o badalado heptacampeão mundial de F1 esquiava nos Alpes Franceses, quando perdeu o equilíbrio, bateu com força a cabeça em uma pedra e, com traumatismo craniano, entrou em coma.

Foi o início de um drama para ele, para sua família e para a comunidade esportiva mundial que acompanhou chocada a luta do campeão contra a morte. Foram momentos difíceis, que se estendem até hoje, quando Schumacher ainda apresenta uma lenta recuperação.

O ex-piloto ainda corre risco de vida, apesar de ter deixado o estado de coma antes de sair do Hospital de Lausanne, em que estava internado. Ele saiu do hospital em setembro, para continuar o tratamento em sua mansão, na cidade de Gland, também na Suíça.

Na ocasião, o porta-voz do hospital, Darcy Christein, já previa que os momentos de angústia ainda iriam durar um bom tempo.

— Não será por dias e pode se arrastar por um longo período. A transferência não significa que a condição dele melhorou acentuadamente nas últimas semanas. A família tem gastado fortunas para que o ex-piloto se recupere: R$ 50 milhões foram utilizados para adaptar a mansão e transformá-la em uma moderna UTI.

Fora isso, R$ 1,5 milhão são desembolsados mensalmente na manutenção dos equipamentos e no pagamento da equipe médica, formada por neurologistas, ortopedistas, enfermeiras, fisioterapeutas, entre outros, que monitoram Schumacher diariamente, durante 24 horas. O ex-piloto tem recebido homenagens em todo o mundo. Mas alguns médicos que foram próximos a ele, principalmente nos tempos de F1, se mostraram pessimistas.

Um deles é Gary Harstein, ex-delegado médico da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

— À medida que passa o tempo fica menos provável que Schumacher possa apresentar uma evolução significativa.

Schumacher sempre gostou de esquiar. O acidente, segundo testemunhas, ocorreu quando ele estava em alta velocidade. Harstein se mostrou pessimista em suas declarações.

— Se Michael tivesse o mínimo estado de consciência, já teriam comunicado que ele estaria com problemas de expressão e que estavam tentando melhorar, ou então que ele estaria aprendendo a caminhar, ler ou escrever de novo.

Na ocasião, Michael já estava em tratamento em sua mansão. A família, liderada pela esposa Corinna Schumacher, porém, não perde as esperanças.

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