Acontece hoje e amanhã, em Belém do Pará, a Cúpula da Amazônia, com participação dos países que integram a região – o Brasil estará representado pelo presidente Lula (PT) e por vários membros do seu governo.
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Participam também do encontro a França (a Guiana Francesa faz parte da Amazônia Legal) e países com florestas semelhantes, a exemplo da República do Congo e da Indonésia.
Ex-ministro de três pastas e governos do PT, o alagoano Aldo Rebelo, que foi vereador pela cidade de São Paulo e presidente da Câmara dos Deputados, em artigo no jornal “O Liberal”, de Belém, voltou a criticar o governo Lula, desta vez pela dubiedade da sua pauta ambientalista.
Diz ele em seu texto:
“… A ambiguidade tem sido a marca dos pronunciamentos do presidente Lula sobre a agenda do clima e do meio ambiente. Ora proclama que a Amazônia não é um santuário,mas ao mesmo tempo prestigia a agenda santuarista de seus ministros e de seu governo, ora defende o desenvolvimento mas parece que transformar a Amazônia em reserva legal e jardim botânico dos países ricos é só uma questão de preço…”
Aldo Rebelo estabelece um porém:
“… O Brasil não pode aceitar que sobre o subsolo mais rico do país viva uma população submetida aos piores indicadores sociais. A mais promissora fronteira mineral do mundo, a maior reserva de biodiversidade e de água doce do mundo afrontadas pelos maiores índices de analfabetismo, de mortalidade infantil, de doenças infecciosas e pelas menores taxas de saneamento básico, de agua tratada e luz elétrica por domicílio do país…”
O ex ministro arremata:
“… Se os governantes brasileiros e as ONGs excluem os amazônicos das decisões sobre o seu destino, só restará o enfrentamento aberto em defesa dos seus direitos. Que o governo brasileiro considere que a mesma Amazônia que a COP 30 conheceu as chamas da revolta, na Cabanagem, quando se sentiu traída e abandonada pelos governantes no século XIX.”
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