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Ex-engenheiro da Braskem falta à sessão da CPI, tem sigilos quebrados e será obrigado a depor

Em 8 de Maio de 2024 às 06:01

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, em tramitação no Senado Federal, aprovou requerimento do relator Rogério Carvalho (PT-SE), determinando a quebra dos sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário de Paulo Roberto Cabral de Melo, ex-engenheiro da mineradora, que por muitos anos foi o profissinal responsável pela segurança das minas de sal-gema explorada pela empresa em Maceió.

Ele conseguiu habeas corpus do ministro do  ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para ficar em silêncio na CPI, mas simplesmente não compareceu nesta terça-feira (7) e será convocado formalmente para dar depoimento, de forma coercitiva, na próxima semana.

“A gente vai tomar as providências jurídicas e legais para que ele venha depor e falar sobre as questões que interessam à CPI”, afirmou o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD/AM).

Segundo informa a Agência Brasil, “com a quebra dos sigilos a CPI poderá acessar quais ligações o técnico da Braskem fez desde 2005, além do tempo de duração de cada ligação. Também receberá documentos e e-mails armazenados no Google e informações sobre suas contas no aplicativo Whatsapp e em redes sociais, entre outras informações.”

Os sigilos bancário e fiscal serão quebrados desde 1976, ano em que Paulo Cabral de Melo começou a atuar na Braskem em Maceió.

Para o relator Rogério Carvalho, essa providência é fundamental:

“Em razão do vasto período no qual participou da atividade de extração de sal-gema, trata-se de figura central na apuração dos ilícitos praticados pela Braskem (e empresas antecessoras) em Maceió”.

Nesta quarta-feira (8), membros da CPI da Braskem estarão em Maceió vistoriando os bairros afetados pelo desastre ambiental causado pela petroquímica e também para ouvir moradores e procuradores do Ministério Público Federal (MPF).

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