O 2º tenente da Polícia Militar de Alagoas, Domingos Terêncio Correia Neto, foi expulso da corporação em publicação do Diário Oficial do Estado, na edição desta terça-feira, 24. Ele seria ex-cunhado de Erick da Silva Ferraz, também conhecido como Erick do Valle, que foi morto após reagir em operação das polícias Federal (PF) e Militar (PM) em 7 de dezembro de 2017, em um condomínio de luxo em Maceió. Erick do Valle era líder de uma das maiores facções do país.
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Em decisão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas, o desembargador Washington Luiz D. Freitas determina "Domingos Terêncio Correia Neto como indigno do oficialato, determinando a perda do seu posto e patente". Como o processo é fechado para apenas para as partes, não há mais detalhes sobre a tramitação do caso.
O caso - A Polícia Federal trocou tiros, na manhã do dia 7 de dezembro de 2017, com o acusado de tráfico Erick da Silva Ferraz, no condomínio onde ele morava, durante cumprimento de mandado para prendê-lo. O homem seria líder de uma organização criminosa em São Paulo e estava foragido em Alagoas, onde assumiu identidade falsa para ocultar crimes. Ele já havia sido condenado por homicídio, assalto e tráfico de drogas, e atuava como suposto empresário em Maceió usando o nome de Bruno Augusto Ferreira Júnior.
Erick é filho de João Aparecido Ferraz Neto, que está na lista de procurados da PF e que atualmente é considerado foragido. João é apontado como líder de um assalto a uma aeronave da TAM, ocorrido em 1996. Apontado como um traficante de alta periculosidade, ele tem condenações que somadas correspondem a mais de 500 anos de prisão. Em junho do ano passado, a Polícia Civil de São Paulo fez operação apreendendo casas, carros de luxo e joias, em ação que totalizou R$ 52 milhões em apreensões.
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